Modalidade de venda comum em empresas do ramo da beleza, a venda direta é a nova aposta da varejista de produtos alimentícios Vapza. A paranaense, que hoje emprega diretamente 330 pessoas entre a fábrica, em Castro, e o escritório, em Curitiba, pretende agora atrair revendedores que tenham relação direta com o consumidor.
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A escolha pelo caminho da antiga venda “de porta em porta”- que hoje em dia funciona mais por meios eletrônicos, como o Whatsapp, sendo apenas a entrega feita presencialmente - tem mais a ver com a divulgação do produto entre a clientela do que com um expressivo crescimento no faturamento.
“As pessoas ainda têm um pouco de dificuldade de entender o diferencial do nosso produto, que é um alimento já pré-cozido, porém sem conservantes. Com o vendedor mais próximo do consumidor, esperamos chegar a novos públicos, pulverizar e democratizar nossos alimentos”, afirma o CEO da empresa, Enrico Milani.
A Vapza espera atrair cerca de 10 novos revendedores todo mês, no Brasil inteiro. Cada interessado passa por um treinamento sobre vendas e sobre a empresa. Um catálogo é usado para a escolha dos produtos, que são enviados para a residência do revendedor. Segundo a empresa, a margem de lucro para o consultor pode chegar em até 50%, além das premiações e incentivos mensais. Lançado há pouco mais de 4 meses, o novo sistema já conta com 45 revendedores.
“Acreditamos que essa tendência que hoje faz parte de apenas 4% das empresas do setor, ganhe força como no segmento de beleza, visto que cada vez mais as famílias buscam praticidade e acesso aos produtos e serviços”, diz Milani.
A Vapza comercializa alimentos cozidos no vapor e embalados à vácuo, sem a necessidade de usar conservantes, tornando possível também o armazenamento fora da geladeira enquanto não são abertos os pacotes.
Vendas diretas crescem na pandemia
Levantamento realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD), aponta que, em julho de 2020, o segmento teve crescimento de 38,9% em relação ao mesmo mês do ano passado. Já no acumulado do primeiro semestre de 2020, a venda direta cresceu cerca de 3% em comparação com o primeiro semestre de 2019. O número de revendedores teve um salto de 21% na comparação entre os meses de julho dos dois anos.
A ABEVD estima ainda que, no Brasil, mais de quatro milhões de pessoas atuam no setor de vendas diretas como empreendedores independentes. O país também é líder neste segmento na América Latina, e 6° maior mercado de vendas diretas no mundo.
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