Ouça este conteúdo
A Philip Morris Brasil fechou uma parceria com a SPVS (Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental) para compensar, pelo período de cinco anos, parte das emissões de gases de efeito estufa provenientes de suas operações e atividades.
A compensação ocorre por meio da adoção de uma área de 25 hectares (cerca de 25 campos de futebol) de Mata Atlântica em estado avançado de conservação situados na Reserva Natural das Águas, em Antonina, no Paraná. A Reserva é uma das três áreas naturais que somam 19 mil hectares e são mantidas pela SPVS desde o final da década de 1990, no litoral norte do estado.
Com os investimentos realizados na área para manutenção e incremento do estoque de carbono contidos em ambientes florestais, a companhia vai compensar a emissão de dez mil toneladas de gás carbônico provenientes do ano de 2020.
A Reserva Natural das Águas tem como área total 3.433 hectares e, desde o início dos anos 2000, parte de suas áreas são categorizadas como Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), tendo toda sua gestão e ações de manejo voltadas à conservação dos ambientes naturais ali presentes.
A analista de processos ambientais da SPVS, Natasha Choinski,,explica que um dos maiores diferenciais desse processo foi o fato de que SPVS e Philip Morris passaram por uma auditoria realizada pela SGS Brasil, empresa líder mundial em inspeção, verificação, testes e certificações, que integra a ISO 14064-2. Essa ISO determina diretrizes técnicas com princípios e requisitos para desenvolver, relatar e gerenciar projetos envolvendo gases do efeito estufa.
“A compensação de emissões da SPVS é realizada por meio de um projeto modelo de ‘pagamento por serviços ecossistêmicos e ambientais’, no qual o Carbono contido em florestas em pé já maduras é mensurado e ações de manejo em prol da conservação desses ambientes são realizadas para evitar perdas e gerar incremento desse elemento”, explica Natasha.
“A Philip Morris Brasil está muito satisfeita com as entregas desta parceria, principalmente por se tratar de algo pioneiro em relação à verificação dos estoques de carbono na área considerada e com base nos requisitos da ABNT NBR ISO 14064-2. A declaração de uma terceira parte, como a SGS, dá mais garantia ao processo, com checagem de evidências suficientes para relatar a quantidade de CO2e sequestrado no período considerado, além de direcionar o melhor formato e ferramentas necessárias para atividades de conservação como esta”, menciona a gerente de Sustentabilidade Ambiental da Philip Morris Brasil, Fabiane Bartz.
Clóvis Borges, diretor-executivo da SPVS, complementa lembrando que a metodologia desenvolvida pela instituição para a compensação de emissões está embasada pelo conceito de “produção de natureza”, que leva em conta que ecossistemas completos são capazes de gerar cada vez mais serviços ecossistêmicos, que são os benefícios diretos e indiretos que a natureza fornece à sociedade, dentre eles, a garantia do estoque de carbono já presente em ambientes florestais. “As florestas antigas são a base direta para a manutenção da biodiversidade, tendo influência para que ecossistemas em estágios iniciais ou processos de restauração ecológica se estabeleçam, a fim de se tornarem ecossistemas completos. Desta forma, ao se realizar ações de manejo conservacionista garante-se a qualidade ambiental dos ambientes florestais, que estão em constante processo de restauração, e, consequentemente, o incremento na geração dos serviços ecossistêmicos à sociedade”, explica.
Entre as ações viabilizadas na Reserva por meio dos investimentos da Philip Morris Brasil estão, por exemplo, a manutenção de ações de fiscalização e proteção das áreas da Reserva, o apoio ao Batalhão de Polícia Ambiental - Força Verde e ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a manutenção dos limites da Reserva, das trilhas e divisas como forma de auxiliar a fiscalização e vigilância dos acessos e manter o controle sobre as áreas da SPVS, ações de restauração ecológica que permitirão o acompanhamento da condução da regeneração das espécies nativas presentes nesses ambientes e garantir a diversidade de espécies, além do combate à espécies exóticas invasoras e monitoramento constante da qualidade ambiental.