Prati-Donaduzzi deve ampliar capacidade produtiva em 40% em 2023| Foto: Divulgação
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A indústria farmacêutica Prati-Donaduzzi, maior fabricante de medicamentos genéricos do Brasil, com sede em Toledo, no Oeste do Paraná, está iniciando a construção de sua nova unidade, que vai garantir o aumento da produção em 40%, consolidando sua liderança no mercado. A nova unidade terá 11 mil metros quadrados e capacidade de produção de 3,6 bilhões de doses terapêuticas por ano.

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Com a conclusão, prevista para início de 2023, a produção da indústria chegará a 17 bilhões de doses por ano.

O novo prédio faz parte de um investimento que começou no ano passado e deve se estender por mais dois anos, totalizando R$ 650 milhões. Parte desse montante foi já investido em 2020 na compra de equipamentos de última geração para a modernização da planta atual e na construção do centro de distribuição, recém concluído. Além da ampliação das instalações e novos equipamentos, há investimento também em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação.

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“Nosso gargalo para crescer é produtivo. Com o nosso centro de pesquisa, o desenvolvimento de novos produtos têm sido acelerado e com isso ganhamos mercado, o que acaba demandando um volume maior de produção”, informa Eder Maffissoni, diretor-presidente da empresa. “No ano passado, mesmo no cenário de crise, não deixamos de investir”, observa.

O executivo conta que até 2010, a Prati-Donaduzzi, que tem 27 anos de fundação, atendia prioritariamente o governo. Era do setor público que vinham 85% da receita. “De lá para cá, ampliamos nosso mercado e hoje as vendas governamentais representam 45% do total. Estamos focando também no varejo, mas sem perder a liderança no canal governo”, pontua.

Hoje a indústria tem uma gama de 460 produtos, especialmente analgésicos, anti-inflamatórios, antibióticos e remédios para controlar diabetes, pressão alta e obesidade.

Testes com canabidiol devem ser concluídos no final do ano  

A Prati-Donaduzzi foi a primeira indústria farmacêutica a tornar o tratamento com canabidiol de produção nacional uma realidade. Os estudos começaram há sete anos e evidenciam a eficácia no tratamento da epilepsia refratária (aquela em que o paciente não responde a outros tratamentos). “O paciente não tem mais crises e pode passar a ter uma vida social normal”, afirma o presidente da empresa. O produto também é indicado para autismo, doença de Parkinson e Alzheimer.

A indústria farmacêutica esclarece que o lançamento no mercado foi possível porque a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC 327/2019) da Anvisa criou uma nova categoria de produtos no Brasil, os produtos de Cannabis. “Atendendo rigorosamente a esta nova legislação, o primeiro e único produto que recebeu autorização sanitária pela Anvisa no Brasil foi o Canabidiol Prati-Donaduzzi”, informa a empresa.

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De acordo com a Prati-Donaduzzi, é importante destacar que esse não é considerado medicamento e sim um produto que foi disponibilizado no mercado. É a versão do medicamento que está em estudo há sete anos em parceria público-privada com a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de São Paulo (USP).

A partir da conclusão dos estudos, o que é previsto para final deste ano, a Prati-Donaduzzi colocará no mercado o Myalo, o medicamento à base de canabidiol, que está em estágio final do estudo clínico. O medicamento depende agora da conclusão das pesquisas para o devido registro junto à Anvisa. A previsão de lançamento é para 2022. A matéria-prima empregada na produção do medicamento será de origem vegetal e importada da Europa.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]