Ouça este conteúdo
A Expresso Princesa dos Campos investiu R$ 30 milhões na aquisição de 30 novos ônibus para atualizar e ampliar a frota. É o primeiro investimento em dois anos da empresa que atuar no Paraná, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do sul. Nesse período, o grupo da cidade de Ponta Grossa segurou os recursos, já que todo o setor de transportes foi diretamente impactado pelas restrições da pandemia. Com a melhoria do quadro epidemiológico, a Princesa dos Campos já planeja a compra de outros 20 ônibus em 2022.
Os 30 novos ônibus foram encomendados da montadora Volvo no fim de 2021. Catorze deles já estão em operação e os outros 16 devem ser integrados à frota até o mês que vem. Todos os novos ônibus da Princesa dos Campos têm wi-fi. Para os veículos que fazem linhas mais longas, os veículos disponibilizam leitos-cama e assentos executivos.
Com os novos veículos, a frota da viação vai aumentar em 10%, com previsão de mais crescimento com outros 20 ônibus a serem adquiridos esse ano. Essa expansão, aponta o diretor-presidente da Princesa dos Campos, Gilson Barreto, é resultado da estabilidade do mercado, que ainda não voltou a crescer.
"Os números estão melhorando nessa retomada, mas seguimos estáveis. Foi essa estabilidade que nos deu segurança para investir, já que por causa da pandemia não pudemos renovar nossa frota antes", aponta Barreto.
O diretor-presidente da Princesa dos Campos afirma que o volume de passageiros ainda está distante do período pré-pandemia. Em 2019, a companhia transportou média de 420 mil passageiros por mês. O volume atual é exatamente a metade de antes da crise sanitária: 210 mil passageiros por mês. Mas já foi bem pior: em 2021, no pior momento da crise, quando diversas cidades chegaram a decretar lockdown, a média foi de apenas 148 mil passageiros por mês.
"Há ainda demanda reprimida de passageiros, seja de turismo ou de pessoas que vão visitar parentes, por causa da pandemia. Por isso ainda há espaço para crescer", avalia Barreto.
Mesmo retomando aos poucos o volume de viagens, o diretor-presidente afirma que alguns fatores pontuais têm colaborado para o transporte rodoviário de passageiros. Entre eles, cita o empresário, o aumento no preço dos combustíveis e a próprio avanço da vacinação contra a Covid-19.
"A gente sente que a cada reajuste do combustível há um aumento no número de passageiros. Isso ocorre porque mesmo com o preço do combustível aumentando, o preço da passagem não muda de imediato", explica. O reajuste da passagem de ônibus intermunicipal no Paraná é definida pelo governo do estado, através do Departamento de Estradas de Rodagem (DER).