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Após dois anos de governo, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) finalmente começou a tirar do papel uma de suas promessas de campanha: aumentar a privatização no Paraná para enxugar a máquina pública. A venda da Copel Telecom – braço de telecomunicações da Copel –, realizada em pregão em novembro de 2020, deu um ânimo aos planos do governo estadual de repassar à iniciativa privada empresas que, na visão da gestão, não deveriam mais estar sob comando do poder público.
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Em 2021, o estado espera avançar na privatização no Paraná de uma série de ativos. O primeiro deles é a Companhia Paranaense de Gás (Compagas). Durante o evento de arremate da Copel Telecom, Ratinho Junior expressou o desejo de se desfazer da distribuidora de gás natural ainda no primeiro semestre de 2021. Para isso, no entanto, o governo precisa cumprir duas etapas importantes: elaborar um ‘Plano do Gás’ e renovar a concessão de distribuição com a Petrobras. São ações necessárias para tornar a venda atrativa aos interessados.
Ainda no início do ano, o governo paranaense espera repassar à iniciativa privada a gestão dos pátios do Detran – uma ideia que data de governos anteriores. Sem grandes recursos, muitos dos pátios do departamento sofrem com a precariedade das instalações, falta de atendimento de qualidade e gestão ambiental.
Um pouco mais demorada deve ser a privatização da Ferroeste. Em 2021, o governo estadual pretende conceder à iniciativa privada a ferrovia entre Cascavel e Guarapuava, além de potencialmente negociar a extensão da linha até o Mato Grosso do Sul. Em junho deste ano, o trecho ferroviário deu um importante passo rumo à negociação: foi incluído no Programa de Parcerias e Investimentos (PPI). Com isso, o governo federal ajudará o estado a elaborar o projeto técnico de privatização.
No momento, a Ferroeste aguarda a conclusão de uma série de estudos de um consórcio espanhol contratado para avaliar o negócio. O grupo de trabalho deve entregar estudo de demanda de carga, de impacto ambiental e modelagem de concessão. Esse trabalho, no entanto, deve ocupar vários meses de 2021, jogando a privatização da Ferroeste para, na melhor das hipóteses, o fim do próximo ano.
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