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Paraná S.A

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Efeito coronavírus no Paraná

Produtores de itens com indicação geográfica do Paraná aceleram entrada no mundo digital

Produtores paranaenses com Indicações Geográficas usam plataformas digitais para vender
Produtores paranaenses com Indicações Geográficas usam plataformas digitais para manter vendas durante pandemia (Foto: Crédito: Jose Ogura - AEN PR)

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Impulsionados pela necessidade de manter as vendas durante a pandemia do coronavírus, produtores paranaenses com indicações geográficas (IGs) passaram a procurar orientações sobre como tornar seus negócios digitais. Atendimentos são oferecidos pelo Sebrae/PR, que registrou aumento de 68% para esse público nos últimos meses. Entre os serviços solicitados, estão a criação de e-commerce, estratégias de mercado e assessoria sobre como criar páginas em redes sociais.

As IGs são produtos ou serviços característicos do local de origem. O Paraná possui oito produtos com o registro: a erva-mate de São Mateus do Sul; o café do Norte Pioneiro; a goiaba de Carlópolis; o mel do Oeste do Paraná; o queijo de Witmarsun; o melado de Capanema; a uva de Marialva; e o mel de Ortigueira. Outros quatro já foram protocolados e estão em processo de aprovação: a cachaça de Morretes, as balas de banana de Antonina, o barreado e a farinha de mandioca do Litoral.

Impedidos de realizar as vendas da forma presencial em meio à pandemia da Covid-19, os produtores com IGs precisaram rapidamente se adaptar em meio ao cenário de isolamento social, como explica a coordenadora estadual de agronegócios do Sebrae/PR, Maria Isabel Guimarães. “Os produtores passaram por um momento difícil. No início da pandemia as vendas diminuíram, mas depois pararam completamente. Era impossível entregar nas lojas, então passamos a orientar sobre como é importante eles estarem inseridos no ambiente digital”, detalhou.

O Sebrae/PR oferece diversos serviços voltados aos produtores com IGs, como diagnóstico de novas Indicações Geográficas, análise e estudo das situações de cada produto, ajuda para a formação de associação de produtores, ajuda para documentações necessárias, apoio a ações de mercado, com eventos, feiras on-line e estratégias de vendas, orientações sobre o processo e sobre os produtos de origem e estímulo à troca de experiências com outros produtores. "Sem dúvida sentimos um aumento na procura por serviços. Esse tipo de atendimento aumentou em 68% durante a pandemia", comentou.

Um dos programas oferecidos e voltados ao mundo digital - que já existia, mas está tendo muita procura - é o Sebrae Tech, que engloba todas as áreas de inovação na tecnologia. Por meio dessa modalidade, o produtor pode desenvolver uma marca de forma digital, montar um e-commerce, além de contar com consultoria sobre comercialização nas nas mídias sociais.

Apesar de não sentirem a queda nas vendas, os produtores da Coofamel, cooperativa que trabalha com o mel do Oeste do Paraná, que tem IG, modificaram os canais de comunicação com os clientes. “Temos utilizado muito o WhatsApp para realizar vendas e manter contato com os nossos compradores. Muitos produtores têm evitado estar presencialmente e têm optado pelo home office nesse momento. Além disso, também percebemos a importância das redes sociais e temos investido no Instagram para expandir nossas vendas”, disse o gerente da cooperativa, Antonio Henrique Schneider.

Produtores de mel do Oeste do Paraná estão apostando nas redes sociais em meio à pandemia do coronavírus. <em>Crédito: Luiz Felipe Miretzki / Inove Foto</em> (Foto: LUIS MK)

A adaptação ao meio tecnológico deve ser uma tendência para esses produtores, segundo porta-voz do Sebrae/PR. “Estamos um momento que o mundo mudou, e, com isso, a parte presencial dos negócios não será a mesma. As pessoas começaram a experimentar o meio eletrônico e sentiram que é uma comodidade. Os produtores precisam se reinventar, oferecendo qualidade e receptividade aos clientes de forma também eletrônica”, finalizou.

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