Carol Nery, especial para a Gazeta do Povo
Reaberto em fevereiro deste ano no Centro de Curitiba, o Grand Hotel Rayon prevê um faturamento de R$ 18 milhões em 2018. O valor corresponde ao triplo do que foi investido no negócio, para ampliação e modernização dos espaços, dentro do projeto de retomada. A meta é crescer em torno de 30% em 2019.
O Rayon esteve fechado por pouco mais de um ano, após operação relâmpago sob a bandeira Ramada, ao longo de 2016, e, anteriormente, cinco anos e meio de gestão pela rede Deville, entre 2008 e 2014. Para ajudar a conquistar a meta de faturamento e crescimento na nova fase, o Rayon firmou uma joint venture com a Nobile Hotéis, uma das maiores administradoras do país, com mais de 50 hotéis.
“A rede nos procurou com uma proposta para assumir a administração. Mas já havia o projeto da reabertura de forma independente, justamente porque as experiências passadas não funcionaram. Sugerimos a parceria e eles julgaram viável”, revela a diretora executiva do hotel, Marilis Borcath Faggiani, filha do empresário Douglas Borcath, quem fundou o Rayon, em 1993.
Além de reforçar as vendas, o acordo comercial tem objetivo de reinserir o Rayon no mercado como uma das principais opções de hospedagem e eventos na capital paranaense. “O papel da Nobile será divulgar o Rayon e viabilizar reservas em seus canais de comunicação em troca de uma porcentagem sobre as tarifas”, explica Marilis. A empresária não abriu os valores acertados. O contrato tem prazo inicial de dois anos.
Com aporte de R$ 6 milhões para a reinauguração, o Rayon passou por um processo de retrofit, mantendo o perfil clássico de todos os seus 25 anos. O hotel dispensou a piscina e ganhou espaço para mais apartamentos, ampliando de 136 para 159 acomodações, distribuídas em 19 andares. Àreas comuns, como academia, spa, lobby, lobby bar e restaurante também foram modernizadas. As diárias custam de R$ 350 a R$ 2.800 (suíte presidencial).
Nestes primeiros cinco meses de operação, o Rayon tem registrado ocupação média de 55%, afirma Marilis. “A maioria do público é corporativo, de segunda a sexta-feira, mas estamos nos surpreendendo com a procura pelo turismo, por famílias, principalmente.”