O impacto econômico da pandemia deve mexer com uma das indústrias mais importantes instaladas no Paraná. A Volkswagen do Brasil confirmou nesta quinta-feira (20) que está negociando flexibilização e revisão de acordos coletivos com funcionários de suas fábricas no Brasil, incluindo a de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. A unidade emprega mais de 2 mil de um total de 15 mil funcionários no país.
A negociação, de acordo com alguns sindicatos de metalúrgicos, pode afetar 35% dos trabalhadores empregados – o que resultaria em uma possível demissão de 5 mil pessoas nas quatro plantas brasileiras (além da paranaense, as de São Bernardo, Tabaté e São Carlos, em São Paulo).
No Paraná, no entanto, a situação pode ser mais truncada, já que a empresa firmou acordo coletivo em 2016 que estabelecia regime de preservação de empregos por cinco anos (até 2021), de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba. A entidade aponta que ainda vão analisar a proposta da empresa, mas que lutará para que o acordo de manutenção de postos seja cumprido até o final.
Mau momento para a venda de veículos
À reportagem, a Volkswagen do Brasil confirmou que há um “processo de negociação com os sindicatos das fábricas em São Bernardo/SP, Taubaté/SP, São Carlos/SP e São José dos Pinhais/PR avaliando em conjunto medidas de flexibilização e revisão dos acordos coletivos vigentes para adequação ao nível atual de produção, com foco na sustentabilidade de suas operações no cenário econômico atual, muito impactado pela pandemia do novo coronavírus”.
A montadora indica ainda números de venda para sustentar a negociação “Segundo a Anfavea [Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores], a produção de veículos da indústria brasileira deve cair 45% em 2020 e a recuperação do mercado, com queda prevista de 40% em relação a 2019, é projetada só para 2025”.
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