Linha de produção da fábrica da Renault, em São José dos Pinhais| Foto: Rodolfo Buhrer / Divulgação Renault
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Montadoras de veículos localizadas em Curitiba e região deram início à retomada de suas atividades nesta segunda-feira (4) após terem a produção interrompida por mais de um mês em razão do risco de transmissão do novo coronavírus.

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No Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais, onde a Renault mantém quatro fábricas (injeção de alumínio, motores, veículos de passeio e veículos comerciais leves), a paralisação teve início no dia 23 de março. Inicialmente prevista para terminar no dia 14 de abril, a suspensão das atividades foi prorrogada pela empresa até este domingo (3).

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Nesse período, a montadora antecipou feriados nacionais, estabeleceu férias coletivas e um dia não trabalhado, a ser compensado futuramente pelos empregados. O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) não aceitou proposta da empresa de flexibilizar os contratos de trabalho conforme previsto na MP 936/2020, que instituiu o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda. Dessa forma, não houve alteração em jornadas ou salários.

Segundo a Renault, a produção foi retomada em um ritmo reduzido. A montadora explica ainda que adotou uma série de medidas para preservar a saúde de sua equipe, como o reforço na higienização de todas as áreas, monitoramento da temperatura dos funcionários desde a entrada nos ônibus da empresa e medidas de distanciamento em locais com grande movimentação, como refeitórios.

Dos cerca de 7,5 mil funcionários do complexo, aproximadamente dois mil, que atuam em áreas administrativas, permanecem no trabalho em home office.

Volvo

A Volvo, que produz caminhões, ônibus, motores, caixas de câmbio e cabines em sua planta industrial de Curitiba, também retomou nesta segunda-feira (4) a produção que estava parada desde o dia 30 de março.

Em um acordo com o SMC, a empresa reduziu a jornada de parte dos 3,7 mil funcionários da fábrica de 40 para 30 horas semanais. Salários líquidos de até R$ 9 mil não terão redução, uma vez que serão complementados pelo governo federal, conforme a MP 936. A medida vale por 60 dias, prorrogáveis por mais 30.

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Outro grupo teve os contratos de trabalho suspensos por 30 dias, segundo a empresa. O número de colaboradores impactados por cada uma das medidas não foi informado.

A montadora afirma que implantou uma série de mudanças em suas operações para preservar a saúde dos colaboradores, como a redução no número de funcionários por ambiente e a extinção da sobreposição de turnos, momento em que havia aumento expressivo de pessoas no mesmo local.

Volkswagen

Na fábrica da Volkswagen em São José dos Pinhais, as atividades, suspensas desde o dia 23 de março, devem ser retomadas em meados de maio, segundo a empresa – a previsão é 18 de maio, segundo afirmou o presidente da montadora para América do Sul e Caribe, Pablo Di Si, em entrevista coletiva no fim de abril. Ao longo desse período, os empregados ficaram em férias coletivas ou em folgas administradas por bancos de horas. Funcionários das áreas administrativas trabalham remotamente.

Em acordo com o sindicato da categoria, a montadora anunciou que reduzirá em 30% a jornada de trabalho de seus funcionários por 90 dias. A empresa ressalta que, aplicados os critérios da MP 936, os colaboradores não devem ter perdas salariais, uma vez que o governo deve complementar a renda reduzida neste período.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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