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A Romagnole, uma das principais fabricantes de produtos elétricos no Brasil, registrou aumento de 131% no Ebitda (Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) em setembro de 2024, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. O número é relativo à divisão de transformadores e smart grids.
Esse crescimento veio com forte representatividade do mercado de exportação; além de um aumento de 20% na linha de distribuição e de 75% na linha industrial. Houve também uma melhoria na eficiência, com o First Pass Yield (FPY) melhorando em 33%, e a taxa de atendimento de pedidos (OTP) para 85%. Também melhorou a eficiência do uso do capital de giro total da empresa, com redução em 36%.
O CEO da empresa, Alexandre Romagnole, enfatiza que a mudança de mindset da empresa foi decisiva para enfrentar os desafios do mercado e sustentar o crescimento. “Aprimoramos o tempo das pessoas com o tempo do negócio, em um processo de transformação que começou na alta liderança e se expandiu por toda a organização. A percepção do momento certo foi essencial para estruturarmos nosso crescimento acima do mercado, aprimorando gestão, equipe, metodologias e processos. Esse ajuste de rota nos permitiu enxergar novas avenidas de crescimento, garantindo a continuidade da nossa trajetória e representatividade, afinal a energia que chega até as casas dos brasileiros, passa por um produto Romagnole”, disse.
A empresa passou por uma transformação significativa na gestão e operação ao longo dos últimos 12 meses, com foco nas unidades industriais de transformadores e Smart Grid. Essa transformação, conduzida com o apoio da consultoria empresarial Maitreya, contribuiu para melhorias importantes.
Além disso, foi realizada uma reorganização da cultura de melhoria contínua. Entre as ações implementadas, destacam-se a revisão do processo de inventário e a reestruturação do DRE (Demonstrativo de Resultados do Exercício), a implantação de um programa de qualidade para elevar a eficiência, a criação de uma área de planejamento operacional para alinhar produção e demanda, a gestão de riscos de fornecedores e o congelamento do plano de produção para evitar rupturas, além da redução do tempo produtivo e adoção de novos processos de S&OP para otimizar operações.
“Reforçar a conexão entre o engajamento das pessoas e os resultados do negócio foi essencial para fortalecer nossa cultura de excelência e realinhar a companhia com seus objetivos estratégicos. Esse é um desafio comum em empresas em crescimento, que frequentemente precisam assegurar a manutenção do seu valor agregado ao longo do tempo”, apontou Wendell Alexandre Paes de Andrade de Oliveira, presidente do Conselho da Romagnole.
Com essas mudanças, a Romagnole recuperou sua capacidade de competir em um mercado global e atendeu às crescentes demandas de exportação e consumo interno, impulsionadas principalmente pelo crescimento de tecnologias como veículos elétricos e automação industrial.
“A Romagnole já com uma grande história de sucesso nas últimas décadas, está agora ainda mais preparada e fortalecida para definir novos capítulos do seu futuro e fazer escolhas estratégicas sobre novos investimentos e mercados”, completou Leo Horta, sócio fundador da Maitreya, empresa que liderou o processo de melhoria de eficiência na Romagnole.