Os índices do mercado de locação de imóveis em Curitiba apresentaram curva de crescimento nos primeiros meses de 2024. A Locação Sobre Oferta (LSO) residencial, taxa que avalia a quantidade de negócios fechados em relação ao número de residências disponíveis, foi de 26% em fevereiro, 0,6 ponto percentual (p.p.) a mais em relação ao mesmo mês do ano passado.
Já o LSO comercial, foi de 7%, um crescimento de 1,4 p.p. na comparação com o mês anterior. As informações são do Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar), integrante do Sistema Secovi-PR.
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Para Luciano Tomazini, presidente do Inpespar e vice-presidente de Economia e Estatística do Secovi-PR, os dados refletem um bom momento para os investidores que buscam espaços para disponibilizar para locação. "Esse movimento acontece devido à oferta de imóveis, que está baixa na cidade, enquanto a demanda está cada vez maior", diz.
Uma análise relevante apresentada pelo instituto é o índice de velocidade de locação, que aponta a urgência dos locatários no fechamento dos negócios. Segundo os dados, os conjuntos e lojas comerciais são os imóveis que levam mais tempo para serem locados, com um período de 174 e 126 dias, respectivamente.
"O tipo do imóvel e suas características são fatores que influenciam na variação da velocidade de locação. Espaços mais antigos, por exemplo, com mais de dez anos de construção, costumam levar mais tempo para serem locados pelo fato de, geralmente, terem uma estrutura de portaria e infraestrutura geral mais antiga", ressalta Marilia Gonzaga, vice-presidente de Locação e Administração Imobiliária do Secovi-PR.
O ticket médio, por sua vez, é um dado que indica a valorização dos imóveis na capital paranaense. A média das locações residenciais em fevereiro foi de R$ 1.874, um crescimento de 0,4% em relação ao mês anterior e de 19,2% em comparação ao mesmo mês de 2023.
"O ticket médio no mercado de locação de imóveis está em alta. O cenário é positivo para os que buscam investir no setor. É uma taxa com algumas variáveis, como o estado de conservação e a velocidade de locação, que permanece em alta nos últimos meses. Além disso, a inadimplência, em fevereiro, voltou para a casa do 1%, com 0,4 p.p. a menos do que o primeiro mês do ano", adiciona Gonzaga.
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