Ocupação nas salas de cinema já está próxima dos números de antes da pandemia

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O setor do entretenimento, um dos mais afetados pela pandemia de Covid-19, vem mostrando sinais de recuperação, reflexo da melhora recente no cenário da saúde pública. Os cinemas, que permaneceram fechados ao público durante os últimos dois anos, já estão chegando próximo aos patamares pré-pandemia na cidade de Curitiba.

Duas redes ouvidas pela Gazeta do Povo indicam que a recuperação segue em um bom ritmo, impulsionada em grande parte pela experiência proporcionada pela estrutura do cinema – praticamente impossível de ser replicada em casa, como explicou Sherlon Adley, diretor comercial e de marketing da Cinesystem.

Público não encontrou substituto para o cinema

“Uma lição que tiramos de todo esse período é que o público não encontrou um substituto para o cinema. Pesquisas feitas ao longo dos últimos dois anos mostraram que os consumidores não conseguiram repetir a experiência do cinema em casa. A pipoca quentinha, a tela gigante, a qualidade de áudio e vídeo, tudo isso somado ao momento de diversão em família, com amigos ou mesmo sozinho, faz com que o cinema siga como uma atividade insubstituível”, explicou o diretor.

O ano de 2019 é tido pela rede como a meta a ser atingida. Segundo Adley, o período foi um dos melhores da história do cinema, e os indicadores daquele ano servirão como “ponto focal de inspiração” para o momento de retorno às salas de exibição. O encerramento de 2021, disse, foi marcado por recorde de vendas e sessões esgotadas nas primeiras semanas de exibição do filme “Homem Aranha – Sem Volta Para Casa”. “Foi bem emocionante ver esse movimento do público e poder vislumbrar uma retomada completa daqui pra frente”, avaliou.

Já no começo de 2022 houve a alta nos casos de Covid-19 provocada pelos casos da variante ômicron associada ao surto de gripe. O cenário desfavorável fez com que janeiro, um mês historicamente bom para a rede, fosse de resultados desafiadores para os cinemas. A aceleração da retomada, porém, já voltou a ser percebida nas salas de projeção com o lançamento do novo filme do Batman.

“Hoje, novamente, já vemos uma nova alta, com milhares de pessoas nas salas. Tudo é muito novo, afinal nenhum de nós nunca havia passado por uma pandemia anteriormente, mas a retomada é gradual e programada. Estávamos prontos para um 2022 mais calmo, até pela baixa oferta de filmes, tendo em vista que muitas produções foram paralisadas e agora estão em fase de finalização. E estamos cientes de que gradativamente voltaremos ao topo. Temos um planejamento consistente para que entre 2023 e 2024 tenhamos um cenário igual ou ainda melhor do que o pré-pandemia”, ponderou o diretor.

Medidas de segurança sanitária serão mantidas no pós-pandemia

Em nota, a assessoria do Cine Passeio avaliou positivamente o retorno do público às salas de cinema da rede. Desde a reabertura do espaço, em julho do ano passado, a pior taxa de ocupação das salas do foi de 25%. A taxa era a mesma da registrada pela média nacional antes da pandemia de Covid-19. “Hoje esse índice já está girando entre 40% e 53%, bem próximo dos 60% registrado no período pré-pandemia”, comentou a assessoria.

Assim como o CineSystem, a avaliação do Cine Passeio para os bons números no retorno às salas escuras é a dificuldade dos espectadores de reproduzirem a experiência do cinema em casa. “O cansaço pelo consumo de streaming é um ponto que favorece o retorno, pois muitas pessoas não abrem mão da experiência que somente a sala de cinema pode oferecer. Aliada a uma excelente curadoria cinematográfica, o Cine Passeio também vem conquistando novos frequentadores”, explicou a nota.

Por fim, a rede reforça que as medidas sanitárias rígidas adotadas em combate à Covid-19 trouxeram segurança para que os frequentadores se sentissem seguros para entrar na sala de exibição mais uma vez. “Um dos setores mais exigidos e impactados pela pandemia, os protocolos desenvolvidos pelas autoridades de saúde permitiram que as salas de exibição fossem ambientes seguros e sanitizados. São protocolos que vieram para ficar, e provavelmente serão mantidos mesmo um cenário pós-pandemia”, finalizou a nota.

Fabio Calsavara

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