A securitizadora paranaense Solve S/A adquiriu uma nova carteira referente a débitos vencidos de pequenas e médias empresas, cujo valor contábil foi avaliado em cerca de R$ 200 milhões. Os títulos foram comprados em um leilão extrajudicial, promovido por um dos três maiores bancos privados do Brasil e contém dívidas atrasadas de, em média, 18 meses.
Com a nova aquisição, a empresa paranaense supera os R$ 5 bilhões em ativos estressados – uma novidade no mercado de securitização, tradicionalmente concentrado em São Paulo e Rio de Janeiro.
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Segundo o advogado e CEO da Solve, Alexandre Ferraz, boa parte da carteira se refere a débitos contraídos durante a pandemia, por isso então chamadas de “PJ Covid”. Elas foram originadas a partir de cheque especial, cartão de crédito, contratos de mútuo sem garantia, ou seja, diferentes modalidades e que envolvem mais de 12 mil operações em todo o Brasil.
“São empresas que enfrentaram dificuldades com a elevação de custos e a diminuição da demanda no período, e que não conseguiram voltar ao patamar pré-pandemia. Agora têm a oportunidade de regularizar as dívidas, o que poderá dar liquidez ao mercado e ainda contribuirá para movimentar a economia”, explica Ferraz.
O CEO acredita também que por serem dívidas recentes, ainda não ajuizadas e de baixo valor (com ticket médio de R$ 15 mil), a expectativa de recuperação é superior aos índices de outras operações já adquiridas pela Solve S/A. “É uma carteira de varejo bem massificada, com expectativa de recuperação alta”, projeta.
Entre as ações programadas para alcançar uma boa performance na cobrança dos valores devidos, a Seguradora utilizará ferramentas de inteligência jurídica, associadas à oferta de condições diferenciadas de pagamento aos inadimplentes.
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