Não é só apenas ecologicamente insustentável. A burocracia gerada pelos relatórios, fotos e toda a interminável papelada que quem trabalha com inspeção, instalação e manutenção produz, diariamente, é certamente, contra produtivo. Foi com a proposta de eliminar o papel da vida das equipes de rua e diminuir pela metade o tempo gasto com a gestão desses times, que nasceu a Produttivo, uma startup curitibana de tecnologia.
A ideia de condensar nos celulares todas as ordens de serviço e os relatórios de visita foi tão bem aceita que, em pouco menos de três anos de atuação, a empresa conquistou cerca de 250 clientes em todo território nacional. Seu maior mercado está focado nas empresas de telecomunicações, que mantém nas ruas centenas de equipes. Entre grandes nomes atendidos estão Siemens, Burguer King, a alemã de logística DHL, Nextel e Algar Telecom.
“Sempre houve uma grande demanda de grandes empresas por soluções que automatizassem o serviço em campo, mas que não tinham um setor de tecnologia próprio ou verba para desenvolver isso por si só”, explica o fundador da Produttivo, Victor Serta.
“O impacto é enorme. Isto não só porque facilita o trabalho de quem está em campo, já que é um aplicativo bem intuitivo, mas também para os gestores que conseguem acessar do escritório a localização dos times, dar ordens de serviço sem ficar enviando mensagem ou ligando, podem consultar os resultados da execução do trabalho e os relatórios que são gerados automaticamente”, explica.
Expansão
Com o faturamento triplicando anualmente, as metas da empresa passam por aumentar de 250 para 1 mil clientes a carteira, até 2020. Os empresários receberam, em fevereiro deste ano, um aporte de R$ 1 milhão, do fundo Smart Money Ventures. A verba deve ser utilizada, justamente, para impulsionar a empresa na briga pela liderança nacional do setor de automação de equipes e serviços.
“A nossa aposta para alcançar essa meta é em inovação do nosso produto, trazendo tecnologia IoT [internet das coisas], para não só atuar na gestão das equipes, mas também entrar no ramo de manutenção preventiva", resume Serta.
"O que queremos é prever, através de indicadores e histórico de dados de desempenho, quando os equipamentos podem apresentar problemas”, arremata.