Vem de Maringá, noroeste do Paraná, uma ideia que pode revolucionar a experiência do consumidor assíduo de praças de alimentação. Ou conquistar novos, que prezam pela comodidade e não gostam de esperar. É que a MySelfPay, startup que desde 2013 investiu quase R$ 1 milhão no seu negócio, promete, com alguns cliques via aplicativo, ordenar o pedido - mesmo quando se está em grupo e ele é feito em diferentes restaurantes -, pagar de uma só vez e receber uma notificação quando a comida está pronta e é preciso retirá-la no balcão.
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“Eu mesmo usei o app no último final de semana. Quando o meu pedido ficou pronto, uma casquinha no Chiquinho Sorvetes, e fui buscá-lo, tinha uma fila enorme. Ninguém entendeu porque eu não esperei também. Mas é a facilidade que o app traz”, conta animado Fagner Soares, um dos idealizadores. Soares carrega a experiência de 20 anos no varejo. A MySelfPay é dele e dos sócios Douglas Milliati e Daniel Matsukuma.
Funciona assim: o consumidor que fez o download do MySelfPay - é preciso que as praças de alimentação tenham o serviço - escaneia um QR CODE do estabelecimento que deseja solicitar o seu alimento, realiza os trâmites e aguarda. “É como se ele fosse um garçom online, serviço que, até então, as praças de alimentação não ofereciam”, explica Soares.
A ferramenta já está em funcionamento no Avenida Center, shopping da região de origem da startup. Mas, em breve, estará atuando também no Maringá Park, Shopping Cidade e no Catuaí. Curitiba e outras cidades devem receber a operação ainda em 2019 e, na capital, o MySelfPay vai chegar de forma agressiva, também nos empreendimentos de contêineres. “Estamos mirando um mercado de 500 shoppings centers no Brasil, querendo estar presente em 70% desse total nos próximos anos”, disse o empresário. A pretensão leva em conta também novos serviços que serão agregados no app para evitar filas na saída de estacionamentos e em cinemas.
O download do MySelfPay é gratuito. Quem paga pelo serviço são os estabelecimentos comerciais, que revertem à startup uma percentagem do pedido realizado online.
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Acreditar na ideia
Antes de acertar com a MySelfPay, Soares tinha uma loja de celulares e eletrodomésticos, sem produtos disponíveis fisicamente. O consumidor ia até o local verificava os anúncios, escaneava o que desejava e recebia em casa. “Talvez a ideia seja ainda muito disruptiva. Mas utilizamos a mesma sacada e a mesma tecnologia no novo app”, falou à reportagem.
Reconhecimento
A ideia do MySelfPay chamou a atenção de investidores que colocaram no negócio, recentemente, R$ 2 milhões. O recurso veio com a passagem da startup por uma aceleradora, a Evoa. A empresa também realizou uma fusão com um grupo de marketing, o Blue Mídia, onde hoje está instalada. Soares afirma que os recursos serão utilizados em marketing e desenvolvimento de tecnologia. A empresa tem hoje 35 funcionários, entre marketing e TI.