Vender 175 mil porções de saladas em uma das cidades mais frias do país poderia ser algo impossível. Ainda mais para uma fotógrafa e um arquiteto, que nada conheciam sobre restaurantes ou delivery. A falta de experiência, no entanto, há muito ficou para trás. Completando cinco anos de existência em Curitiba, a rede paranaense Tasty Salad Shop fez aniversário na última terça-feira (23) e os donos do negócio, Patrícia Lion e Rodrigo Pasinato, tem muito o que comemorar.
Além do número expressivo nas vendas, a rede que começou em um balcão improvisado, hoje tem seis lojas e prepara uma expansão para São Paulo. Ainda assim os dois garantem que o crescimento não é nada absurdo e flui de forma orgânica.
“Não queremos crescer demais, ser apenas um número por vaidade”, comenta Patrícia. “Nosso desafio é crescer, mas sem perder a cabeça de negócio local”, arremata.
Não é apenas um discurso. Tanto é que o casal seleciona a dedo seus franqueados, pessoas com um perfil tão parecido com o deles que são considerados, hoje, parte da família. O grupo, restrito, é formado por outras três empresárias do ramo e está com vagas abertas para novos interessados. Desde que, é claro, se atenham ao lema da Tasty: tornar a comida saudável descomplicada, sem esquecer a qualidade e nem de onde começaram.
Com um olho no peixe e outro no gato, a empresária Patrícia Lion conversou com o Paraná S/A, às vésperas da festa de aniversário da marca.
O que mudou em cinco anos?
Quando resolvemos abrir tínhamos ideias utópicas de como funcionava um restaurante, mudávamos o cardápio com uma rapidez absurda, o que era uma loucura operacional. O que desenvolvemos foi um menu mais funcional e uma estratégia que eliminou processos mais trabalhosos.
Como manter uma logística funcional com produtos tão frescos?
Contamos com uma rede de fornecedores básicos que nos atende diariamente. Mas é um desafio na área de hortifrúti o recebimento de mercadorias tão frescas, tanto é que desenvolvemos uma mini cadeia logística própria, que roda todas as lojas Tasty tentando facilitar esta operação. Existe um esforço do gestor do ramo de saladas que é um pouco mais pesado nesse sentido e quebramos a cabeça para que isso não cause tanto desgaste para quem está à frente. No entanto, temos em mente que isso é uma particularidade do nosso negócio. É fresco e sempre vai ser.
Ainda existe espaço para expansão?
Estamos estudando a possibilidade de ir para São Paulo. Agora, em Curitiba, sempre estamos de olho em novos pontos e sabemos que em médio prazo cabem mais duas ou três lojas aqui, se estiverem estrategicamente localizadas. Mas não trabalhamos com prazos para isso acontecer. Não estamos preocupados em crescer a qualquer custo, como uma grande rede de franquias, forçando uma expansão por vaidade. Nós enxergamos o nosso franqueado como um super parceiro, uma extensão da nossa família e queremos continuar dessa forma, com um conceito que faça sentido para gente, para os clientes e para o franqueado.
O que levar de Curitiba para São Paulo?
Todo mundo fala isso, mas o curitibano é realmente muito exigente. E isso é ótimo, porque isso nos dá uma vantagem competitiva em outros estados. Então, o que aprendemos aqui é levantar a barra de exigência,o que nos ajuda a ser uma cidade exemplo para o resto do país, em termos de qualidade. Outro ponto é que o público realmente se identifica com uma marca quando enxerga que há um propósito e uma razão para o negócio. Se é de verdade e não apenas para colocar dinheiro no bolso, as empresas prosperam. O curitibano valoriza o local e está de olho nessa postura.
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