Na onda das techs até as agências de marketing e publicidade estão apostando no desenvolvimento e programação para angariar novos mercados. É o caso da i-Cherry que, em setembro, completou 11 anos de atuação e aproveitou a ocasião para firmar-se de vez como uma martech - que é a junção das palavras marketing e tecnologia.
Tanto é que hoje seus executivos garantem que mais de ¼ de todo o faturamento da agência paranaense - que também possui uma filial em São Paulo - vem diretamente dessa nova forma de não só coletar dados digitais, como também utilizar a inteligência artificial, automação e programação para interpretar estatísticas e oferecer aos clientes subsídios para tomar decisões mais assertivas no ramo da publicidade.
“Essa é uma linha forte nos Estados Unidos e Europa, de que marketing é sinônimo de tecnologia”, explica a diretora de Martech Data Analytics, Dora Oliveira, responsável por um time de 40 funcionários dedicados exclusivamente a esta área.
“Não estamos falando apenas de coleta e sim interpretação dos dados para, antes de criar ou ter qualquer interação, entender qual é o público que queremos atingir e, lá na frente, apurar os resultados com mais precisão e embasar novas decisões de negócios”, formula a diretora.
Com a pluralização do foco de seus negócios, também vieram as mudanças na equipe da i-Cherry. Dentro da agência não estão apenas profissionais da comunicação. Engenheiros, estatísticos, contadores e cientistas da computação reforçam a área. “O que é mais importante para a gente é o treinamento na linguagem que precisamos, programação faz parte da nossa rotina”, continua Oliveira. "Por isso trabalhamos com uma camada forte de estagiários e profissionais que podem ser treinados dentro do que vamos demandar no futuro”, pontua.
Não é apenas da boca para fora. Foram esses treinamentos que levaram a i-Cherry a recente nomeação no ranking nacional das médias empresas multinacionais, gerido pela Great Place to Work. Há seis anos a agência figura na lista regional do prêmio.
Futuro
Hoje a empresa conta com 140 funcionários divididos entre os dois estados. A centena foi alcançada apenas nos últimos três anos, quando o quadro de empregados saltou 30%, em plena crise, muito graças a chegada dessa visão mais digital.
“É verdade que o uso da tecnologia sempre esteve no nosso DNA, desde a nossa fundação. Nascemos já olhando para o marketing em buscadores como o Google”, explica Adriano Nadalin, CEO da i-Cherry.
“O que mudou de lá para cá, foram as ferramentas usadas para refinar esse trabalho e a forma como usamos os dados coletados para estudar plataformas que melhor podem complementar a campanha e consultorias", acrescenta o CEO.
Ao todo, a agência mantém cerca de 50 clientes fixos e esperam por mais. “Nos últimos sete anos viemos crescendo constantemente acima dos dois dígitos, uma média de 20% por ano”, explica Nadalin. “No entanto temos fixação em crescer com qualidade. A gente chegou num ponto de maturidade da disciplina dentro da agência, que nos permite ter esse crescimento acelerado, mas de forma consciente”, arremata.
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