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Com o apoio do Senai no Paraná, a Vivetech desenvolveu um protótipo para facilitar a clonagem e a qualidade da pupunha.
Com o apoio do Senai no Paraná, a Vivetech desenvolveu um protótipo para facilitar a clonagem e a qualidade da pupunha.| Foto: Divulgação assessoria de imprensa

Um projeto desenvolvido pela empresa paranaense Vivetech Agrociências, com apoio do Senai no Paraná e investimento do Edital de Inovação para a Indústria, tornará a produção do palmito pupunha mais eficaz. Além de fazer com que as mudas sejam 40% mais produtivas, o protótipo construído selecionará as espécies para que o alimento tenha mais maciez, sabor e qualidade ao consumidor. Hoje, o estado é o quarto na produção nacional do palmito pupunha, mas a expectativa é que, futuramente, a área plantada aumente.

Empresa de Marechal Cândido Rondon, no Oeste do estado, a Vivitech Agrociências existe desde 2014 e conta com a ampla expertise de seus fundadores quando o assunto é palmito pupunha. “A técnica de seleção das plantas foi melhorada ao longo da minha carreira científica, passando por graduação, pós-graduação, mestrado e doutorado, mas faltava equipamento para elevar o processo a um nível maior. Com o protótipo conseguiremos uma produção escalável”, falou o engenheiro agrônomo Douglas Steinmacher.

Adilson João Jenck, analista de Negócios do Senai, reforçou a importância da parceria. “A partir de um projeto da empresa, a equipe técnica do Instituto Senai de Tecnologia (IST) em Metalmecânica, localizado em Maringá, construiu um protótipo que permite um ganho em produtividade excepcional”, disse. Atualmente, a Vivitech também trabalha na seleção de banana e mandioca para o melhoramento.

Crescimento no Brasil e no estado

De acordo com dados do IBGE, referente ao censo agropecuário de 2017, o Paraná é o quarto no ranking de produção de palmito pupunha, com 3.458 hectares/ano, atrás de São Paulo (14.071), Bahia (0.093) e Santa Catarina (5.479).

“O palmito pupunha ainda tem muita restrição por parte dos consumidores. Isso porque, muitas vezes, os produtores plantam sem saber da qualidade do que têm em mãos. Com o novo processo, além de ser possível aumentar a produtividade, teremos produtos mais macios e saborosos”, disse Steinmacher.

O equipamento desenvolvido com o apoio do Senai Paraná facilita a clonagem das plantas que apresentem as melhores características para consumo. Assim, é possível promover o crescimento por utilização do meio de cultura líquida, eliminando um grande gargalo da produção, que era o crescimento rápido e uniforme das plantas cultivadas in vitro.

O processo com o protótipo em já está em andamento, mas ainda será necessário esperar cinco anos para que o produto chegue ao mercado em larga escala, como detalhou o engenheiro agrônomo Márcio Franchetti, outro sócio da Vivitech. “Agora esperamos acelerar o processo de multiplicação de mudas em laboratório com auxílio do novo equipamento, depois estas mudas vão para viveiro e validação a campo”, explicou o profissional, que há mais de dez anos se dedica ao estudo da pupunha.

No Paraná, a produção de pupunha se concentra no Litoral - com a maior indústria do segmento do estado -, além de contar com a segunda maior cadeia produtiva em Cruzeiro do Oeste, na região Noroeste. As mudas selecionadas, que apresentarão mais lucratividade, devem despertar interesse de mais produtores em diversas localidades paranaenses.

“A migração de cultura para outras regiões do Paraná pode trazer diversificação aumento de renda e a permanência no campo. Além disso, a pupunha permite a criação de outros produtos derivados, como creme pupunha, chips. Acreditamos que haverá em um futuro próximo um incremento na indústria alimentos no Paraná. O cultivo pode incitar novas tecnologias para o estado”, finalizou Steinmacher .

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