Marcos Vileski, diretor de Marketing & Vendas do Jurema Águas Quentes. Foto: Divulgação| Foto:

Aos 50 anos, o empreendimento paranaense Termas de Jurema agora é Jurema Águas Quentes. A mudança de nome foi o pontapé de um processo de reformulação de marca que começou em 2017 e está prestes a ser concluído com a contratação de um novo time de gestores e a entrada em operação, em agosto, de um novo resort de R$ 120 milhões anexo ao primeiro, mais sofisticado e focado em eventos e convenções.

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Ao todo, o complexo turístico localizado em Iretama, na região de Campo Mourão e a 135 quilômetros do aeroporto de Maringá, terá 3,4 milhões me metros quadrados entre área construída e verde. De resort, o Jurema Águas Quentes passou a ser um destino, afirma Marcos Vileski, diretor de Marketing & Vendas do empreendimento, que conversou com à Gazeta do Povo sobre a transformação da marca e os planos para atrair novos visitantes para a região.

Qual o tamanho do Jurema Águas Quentes?
Nosso primeiro resort foi o Termas de Jurema, que tem mais de 50 anos. Agora em 2019 nós passamos do patamar de resort para destino. Por que passamos para um patamar de destino? Porque estamos inaugurando, em agosto, um segundo resort e, para isso, nós realizamos um rebranding total da marca, num projeto conjunto com proprietários, investidores e área de publicidade. Teremos, então, um destino chamado Jurema Águas Quentes e dentro desse destino vamos ter dois grandes produtos: o primeiro resort é o Lagos de Jurema, que antes era o Termas de Jurema, e em agosto inauguramos o segundo produto, que é o Jardins de Jurema Convention e Termas Resort.

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São produtos diferentes ou complementares?
O Lagos já é um produto consolidado, um produto com mais de três milhões de m², com piscinas com água quente que saem do chão a 43° e toda uma infraestrutura de lazer. É um hotel consolidado principalmente na região primária, quando digo na região primária falo Maringá, Londrina, Curitiba e adjacências. O segundo produto, o Jardins de Jurema, é mais sofisticado e focado principalmente em convenções e eventos. Além da estrutura de lazer espalhada em mais de 3 mil m², também com piscinas aquecidas, teremos um centro de convenções com 10 salas de eventos e uma de apoio. Todas as salas juntas comportam mais de mil pessoas, sendo que a maior delas comporta até 750 pessoas.

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Esses dois complexos estão integrados?
Os dois resorts estão separados apenas por um rio, inclusive estamos construindo uma ponte que vai interliga-los para que as pessoas que estão no hospedadas no Jardins de Jurema possam desfrutar da infraestrutura do Lagos de Jurema e vice-versa.

Quando vocês sentiram necessidade de reformular a marca?
O Termas de Jurema tem mais de 50 anos. Com a entrada do segundo resort, os próprios investidores viram a necessidade de reformular a marca para criar um destino. Então, ao invés de trabalharmos cada resort de maneira isolada pelo fato do tamanho, já que vai ser um dos maiores complexos de águas termais e entretenimento do Paraná, da Região Sul, vimos aí uma oportunidade de sair do patamar de resort e ir para o patamar de destino, justamente porque os produtos serão integrados. A pessoa escolhe um dos produtos, mas vem para um destino.

Há demanda para transformar o status do empreendimento?
A ideia do destino também é para que gente torne o Jurema Águas Quentes um produto não apenas regional, mas nacional e até internacional. Nós temos uma oportunidade de público muito forte, principalmente em países vizinhos como Paraguai e Argentina. Então, hoje, além do público regional, que é muito forte e fiel, o foco é ampliar o alcance da marca para além da região primária, atraindo pessoas de outros estados e capitais para o nosso destino. Principalmente porque nós vamos trabalhar uma área forte que é o segmento de eventos e convenções, algo novo que estamos trazendo para o novo empreendimento.

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Além da mudança de nome, o que o processo de rebranding inclui?
O atual resort permanece com o novo nome de Lagos de Jurema e está recebendo um investimento forte em infraestrutura de tecnologia da informação e comunicação visual, para reforçar a questão da família, lazer e entretenimento, segmentos em que ele sempre foi muito forte. O que muda bastante a marca é a chegada do novo empreendimento com um público mais voltado para o segmento corporativo e de eventos que vai poder desfrutar de uma estrutura mais sofisticada, com opções de restaurantes à la carte e buffet, além de adega com diversos rótulo para aprecia a degustação de vinhos. É um resort que realmente está trabalhando essa parte de sofisticação das acomodações, gastronomia, entretenimento, lazer e eventos corporativos. Juntos, os dois produtos formam um destino.

Quanto foi investido no novo empreendimento?
Investimos R$ 120 milhões no novo empreendimento, que está sendo construído desde 2012. Nós vamos abrir em agosto e nossa expectativa é próxima de 40% de ocupação, mas a projeção ainda não está consolidada.

A reformulação veio com um time novo no comando da operação?Exatamente, mas é importante destacar a importância dos proprietários e investidores que tocaram o negócio por décadas. Eles trouxeram executivos hoteleiros de redes renomadas do Brasil para auxiliar na reformulação da marca. Um deles é o nosso CEO Nilson Bernal, que tem mais de 25 anos de experiência no segmento hoteleiro. Eu mesmo vim para auxiliar essa nova estrutura na área de vendas e marketing. Mas o que temos feito é nunca perder de vista o que proprietários e investidores criaram ao longo dos mais de 50 anos do empreendimento. Hoje, o Lagos é uma referência não só na região primária, mas em vários lugares do Brasil.

 O empreendimento continua nas mãos da família Constantino Miguel?A família fundadora faz parte do conselho e os executivos à frente do Jurema Águas Quentes prestam contas a eles.

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Vocês também estão investindo em timeshare?
Eu costumo brincar que temos três filhos: o Lagos, o Jardins e inauguramos este ano a marca Jurema Vacation Club, que é no conceito de timeshare. Atualmente estamos comercializando somente o Lagos neste modelo, mas futuramente vamos incluir o Jardins. O primeiro passo foi abrir uma loja em um dos maiores shoppings de Maringá para a venda do Vacation Club.

Como funciona?
O nosso timeshare trabalha com quatro produtos distintos em cima de pontos fracionados. Hoje nós temos um produto de 75 mil pontos, um de 150 mil, 300 mil e 600 mil pontos, então, o cliente pode comprar esse produto e isso dá direito a ele, dependendo do que foi adquirido, a sete noites por ano no resort Lagos de Jurema. Nós fizemos parceria com uma empresa internacional em que o cliente pode, caso queira, usar seus pontos em outros locais filiados a mesma rede de timeshare, inclusive no exterior.

O que os levou a apostar no timeshare?
O timeshare é um produto que vem crescendo a nível nacional e complementa principalmente os períodos de baixa sazonalidade de empreendimentos como o Jurema Águas Quentes. Evidente que temos procura também em períodos de alta ocupação em que podemos negociar com o cliente mediante disponibilidade de acomodação.

Além do timeshare, há outras ideia no radar para este ano?
Hoje nosso foco realmente está na abertura desse complexo novo, na reestruturação do time comercial, com a formação de uma equipe comercial em São Paulo e outra aqui na região de Maringá. Recentemente, contratamos um responsável comercial para Curitiba e outro para o interior de São Paulo. Neste momento, nosso foco está na abertura do segundo resort, no segundo semestre, e na consolidação da marca e do timeshare.