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Transformação digital e inovação é essencial para qualquer empresa; entenda

Vittorio Danesi, CEO da Simpress. (Foto: Claudio Gatti / divulgação)

Falar em startup, transformação digital, inovação e automatização é algo muito natural para o CEO da Simpress, Vittorio Danesi. Para ele, a Simpress sempre foi assim. Com 18 anos, a companhia atende quase 80% do PIB brasileiro com outsourcing - expressão do inglês que significa terceirização de serviços - de digitalização e impressão.

Na visão do empresário, manter a cultura de melhoria de oferta, experiência do cliente, inovação e transformação digital é essencial dentro de uma empresa. Atualmente, cada vez mais. Há cerca de um ano, a empresa abraçou também o outsourcing de celulares e PCs dentro das empresas, aumentando o faturamento em 10%.

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Com sua empresa líder no mercado no segmento por 13 anos consecutivos, Danesi acredita que o segredo está no trabalho de manter a cultura de focar em mudanças e melhorias. Apaixonado por marketing e estratégias, a equipe do Paraná S.A. conversou com o líder da empresa Vittorio Danesi para saber tudo o que ele pensa sobre o assunto. Confira a seguir a entrevista:

Como a Simpress nasceu e se consolidou?

A Simpress nasceu como uma startup na virada do milênio, numa época de importante mudança na área de tecnologia. Criamos uma estrutura de outsourcing de impressão na época em que nasciam as multifuncionais. Era uma época do mundo das copiadoras offline, impressoras de pequeno porte. Na virada do milênio, a indústria convergiu para as multifuncionais a laser com quantidade de recursos que englobava a digitalização, num custo muito menor.

Qual o segredo para se manter líder de mercado?

De lá para cá, mantivemos sempre a liderança com inovações constantes, soluções de softwares mais sofisticados. Abrimos filiais no Brasil inteiro, de Recife a Porto Alegre. Nossos concorrentes operam via revendedores enquanto que a gente montou infraestrutura em todo o país. Esse modelo nos trouxe mobilidade interna importante, com controle de processos muito eficiente, logística super estruturada, mão de obra intensiva - com funcionários que trabalham na casa do cliente, e ao mesmo tempo somos uma empresa com gestão financeira sofisticada.

Hoje se fala muito em manter o espírito de startup nas empresas. Inovação é essencial?

A janela da oportunidade está cada vez mais curta. Quando se fala em transformação digital, se pensa numa organização mais moderna. Existe uma melhoria de processos internos para reduzir custos. Quanto mais automatizados, menor o custo, mais agressivo, maior a transformação digital. O tempo de implementação de um novo sistema antes era maior, mas hoje tudo acontece mais rápido. Não é suficiente ter esse olhar de vez em quando, mas criar uma cultura de que isso tem que ser implementado na empresa. Tem que pensar na ideia da implementação para o amanhã.

Você acredita que pelo fato da empresa trabalhar com tecnologia, que o caminho em busca de inovação é mais fácil?

Não diria que é mais fácil. Eu diria que tudo na vida, assim como o ser humano, tem um ciclo de vida. A empresa também tem início, crescimento, maturidade, declínio - na faculdade de marketing é umas das primeiras coisas que a gente aprende. Então cabe a nós, estrategistas e gestores, de não permitir que esse ciclo aconteça. Quando se ter a oportunidade de ocupar um espaço no mercado, o grande desafio de se estar no comando das organizações é estar atento para inovação para que o declínio não aconteça. Veja pelos cases da Kodak, Nokia, por exemplo. Grandes empresas, líderes de mercado, que declinaram. Como isso aconteceu? Quando você se acomoda, quando o teu negócio fica maduro e você não cria essa construção permanente.

Quando é o momento certo para a empresa inovar?

O segredo é não errar o time. Existem duas formas disso acontecer, uma é entrar antes do tempo. Muitas vezes se gasta e investe e o retorno vem tardio, o mercado ainda não estava pronto para aquela ideia e isso consome capital relevante. A segunda forma de errar o time é entrar atrasado. Quando você entra atrasado, o custo de recuperar é gigantesco. A Microsoft, dominante em sistema operacional como o Windows e também no seguimento de computadores e laptops, tentou entrar no segmento de celular e não conseguiu. Erra errou o time. Quando ela resolveu entrar na área, a Mac já estava estabelecida. O custo para seguir nesse mercado era um montante tão significativo que não dava mais tempo. Entrou no mercado na hora errada.

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