![Longe do mar, fabricante de iates cresce e investe na região metropolitana Allan Cechelero, diretor de Marketin e porta-voz da Triton Yachts](https://media.gazetadopovo.com.br/2020/03/09173350/Cr%C3%A9ditos-Divulga%C3%A7%C3%A3o-Triton-Yachts-960x540.jpg)
A cerca de 100 quilômetros do mar, a fabricante paranaense de iates Triton Yachts vê águas tranquilas nos próximos anos. O estaleiro instalado em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, vai investir R$ 3,5 milhões em 2020 e 2021 para ampliar a capacidade produtiva, com expectativa de dobrar o time de funcionários.
O aporte se tornou viável, indica Allan Cechelero, diretor de marketing da marca, graças a uma retomada pós-crise no consumo do mercado de luxo brasileiro. “A gente imagina que, por ser um segmento de alto-padrão, de luxo, [o mercado náutico] não é afetado. Mas foi. Desde o final de 2018, porém, está havendo uma retomada. Estamos voltando a uma crescente em vendas e participação no mercado”, diz.
A marca produz cerca de 50 lanchas por ano. A expectativa para 2020 é elevar este número em 40%. Seu portfólio é composto de embarcações entre 23 e 52 pés, com destaque para os modelos Triton 300 Sport e Triton 370 HT. Estes iates saem a partir de R$ 299 mil e R$ 700 mil em seus modelos mais básicos, respectivamente. Além do mercado interno, o principal, a Triton envia seus produtos para América do Sul e Europa.
“A ideia é investir nos próximos dois anos. Vamos aumentar a produção, com a criação de novos modelos, e, por conta disso, contratar mais mão de obra”, diz Cechelero. A fábrica hoje tem 60 funcionários e pretende cegar a até 120 no curto prazo.
Longe do mar
Curiosamente, o estaleiro paranaense se consolidou e está em expansão longe do mar. Os principais fabricantes de embarcações do país estão em cidades litorâneas de Santa Catarina e São Paulo. “Espremida”, a Triton Yachts virou um caso de afeto com a região metropolitana da capital paranaense.
“A empresa surgiu [há 36 anos anos] para trabalhar com fibra de vidro. No princípio, fabricava buggy. Com a produção indo bem, passou a fabricar produtos náuticos, já que matéria-prima era a mesma. Então, entramos no mercado de embarcações para a pesca. Da pesca, viemos para as embarcações de passeio”, conta Cechelero. A fábrica também mudou, em 1994, saindo de Curitiba. Mas foi para perto: São José dos Pinhais.
Para ele, a distância do mar não é impeditiva. Pela logística, a empresa leva os produtos ao litoral apenas nas finalizações – os testes feitos no mar. Com isso, consegue manter a estrutura na cidade. “Acabou virando algo bairrista”, diz o diretor.
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