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Fotógrafa capta essência do conceito de lar

Crédito das fotos: Mariana Alves

Há aproximadamente um ano, a jornalista e fotógrafa Mariana Alves vem conhecendo casas e locais de trabalho inspiradores de Curitiba. Foram mais de 30 espaços registrados, todos divulgados no site do projeto. O que chama atenção, nos prende mesmo na página, vai muito além da disposição dos móveis, ou da escolha da paleta de cores que determinam a decoração dos espaços.

O que nos envolve nas fotografias do Não repare a bagunça é a harmonia e a sensação de bem-estar que as imagens transmitem dos espaços. E parece que a gente se identifica com cada ambiente, cada cantinho com planta, os azulejos da cozinha, as chaves e o jornal deixados em cima da mesa.

A casa que tem alma é assim: a cama tem a colcha um pouco fora do lugar porque alguém passou por ali, há louça no escorredor porque a cozinha pulsa. Deixe que as mostras e as vitrines construam um morar plástico, a sua casa pode ter vida e personalidade. A seguir, deixo a entrevista que fiz com a Mariana sobre o projeto.

Gostaria que você comentasse, de início, como surgiu a ideia do projeto?

Surgiu pela minha curiosidade de saber como as pessoas vivem e como elas dão personalidade a sua casa e /ou trabalho. Eu queria saber o que cada um pendura na parede e como o ambiente influencia sua vida e vice-versa.

Você já trabalhava com fotografia antes do projeto, certo?

Sim. Desde os 15 anos, a fotografia deu rumo a minha vida. Fiz jornalismo porque me interessava muito pelo fotojornalismo. Depois, fiz pós em história da arte para me aprofundar nos estudos da fotografia. Hoje, além do Não repare a bagunça, trabalho com fotografia de casamento e ensaios.

Como é conhecer a casa das pessoas? Você cria algum tipo de expectativa?

Eu acho incrível conhecer a casa das pessoas, sempre saio com novas ideias e inspirada em vários sentidos. As pessoas me contam da sua vida, trabalho e isso me inspira, traz muita coisa boa! A questão não é apenas conhecer a casa, mas as pessoas. Eu nunca crio expectativa. O legal do meu projeto é que cada pessoa tem que indicar outra. As pessoas estão conectadas, acho que é isso que enriquece o trabalho.

O que você busca captar com a lente quando vai fotografar?

Eu busco um pouco da essência da pessoa e como ela se coloca dentro do espaço que ela vive. Acho que as casas e alguns espaços de trabalho refletem muito sobre nosso humor e estado de espírito. Isso revela muito aquilo que a gente sonha e deseja para a vida. Se eu conseguir mostrar um pouco, pelo menos, de cada pessoa, fico feliz.

Qual o futuro desse projeto?

Além de conhecer cada vez mais lugares e pessoas, até mesmo cidades diferentes, eu queria que o site crescesse. Quem sabe publicar um livro… eu adoraria!

Casa do artista plástico André Mendes e da psicóloga Priscyla Makiolke.

 

Casa dos artistas Mariana Zarpellon e Biel Carpenter.

 

Casa do jornalista José Carlos Fernandes.

 

Casa do estudante de arquitetura Cláudio Vieira.

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