Um dos traços comuns dominantes entre a mente esquerdista e a mente psicopática é a ausência de qualquer sentimento de compaixão. Aconteça o que acontecer, o militante de esquerda não perdoa nunca, não compreende nunca, e não se compadece nunca.
Diante de uma situação trágica, ele faz um rápido cálculo mental, ecoando, mesmo que inconscientemente, o mandamento definido por Sergei Netchaiev em 1871 (no “Catecismo Revolucionário) e depois aprimorado por Lev Trotsky em 1930 (no ensaio “A Moral Deles e a Nossa”): “Tudo aquilo que concorre para o êxito da revolução é moralmente aceitável; tudo que se opõe a isso é imoral”.
Face a um cadáver — por exemplo, o do chaveiro Francisco Wanderley Luiz, que morreu na explosão provocada por ele mesmo nesta quarta-feira (13) — o esquerdista (e também o direitista de esquerda, uma figura cada vez mais comum) é dominado por um só pensamento: “Como encaixar isso numa narrativa que favoreça os meus líderes e destrua os meus inimigos?”
Assim que saiu a notícia da explosão, a grande mídia se apressou em apresentar Francisco na condição de “bolsonarista”, “candidato do PL” e “conservador”. Em pouquíssimo tempo, porém, descobriu-se que ele defendia um Brasil “sem Lula e sem Bolsonaro”; foi candidato em 2020, numa coligação com o esquerdista PDT, um ano antes de Bolsonaro filiar-se ao PL; e, ainda, pregava “o fim da polarização” no Brasil. Que direitista mais estranho, não?
Francisco cometeu um ato de loucura. Ele passava por sérios problemas emocionais e tristemente optou pelo caminho do suicídio. Para a esquerda, no entanto, ele era um terrorista de direita e só pode ter agido em conluio com uma perigosa rede subversiva.
Com objetivo espúrio de alimentar a narrativa do “golpismo”, os militantes fecham os olhos para o sofrimento pessoal do homem e de sua família (não que isso me surpreenda). Curiosamente, quando o alvo da violência é uma liderança de direita, toda o gado esquerdista muge em uníssono a versão de que se trata de um “lobo solitário”, como aconteceu nos casos de Jair Bolsonaro em 2018 e Donald Trump em 2024. Para a militância do caos, apenas assassinos de esquerda agem individualmente; assassinos de direita sempre atuam em vastos grupos.
O fato é que a esquerda, historicamente, precisa sempre de um cadáver para justificar suas perseguições, arbitrariedades e massacres
Vamos a alguns exemplos.
Em 13 de julho de 1793, um dos mais influentes líderes da Revolução Francesa, Jean-Paul Marat, foi assassinado por Charlotte Corday. A jovem girondina acreditava que a morte de Marat poderia trazer paz à França mergulhada em conflitos internos. O que aconteceu foi exatamente o oposto: o crime acabou por recrudescer a violência revolucionária, resultando na morte de milhares de pessoas guilhotinadas durante o Terror jacobino.
Em 30 de agosto de 1918, a militante socialista-revolucionária Fanny Kaplan disparou três tiros contra o chefe comunista Vladimir Lênin, em Moscou. Lênin sobreviveu ao atentado, mas as consequências foram catastróficas. Kaplan foi presa e condenada à morte rapidamente. Mas isso foi só o começo: em apenas dois meses, a polícia secreta comunista executou sem julgamento cerca de 15 mil pessoas. Para se ter uma ideia da escala da violência, o regime anterior dos czares condenara à morte, entre 1825 e 1917, um total de 6.321 pessoas. Ou seja: em poucas semanas, os comunistas mataram mais gente do que o czarismo em 92 anos!
Em 27 de fevereiro de 1933, menos de dois meses depois da ascensão de Adolf Hitler ao poder na Alemanha, um incêndio destruiu o Reichstag, sede do Parlamento Alemão. Os nacional-socialistas utilizaram o caso como pretexto para consolidar o poder e suprimir toda a oposição.
O suposto autor do atentado, Marinus van der Lubbe, era um comunista holandês com problemas mentais. Ele foi preso e executado sumariamente em poucos dias. Muitos historiadores acreditam que o incêndio foi, na verdade, uma manobra orquestrada pelos próprios nazistas para justificar a implementação de medidas autoritárias que desembocariam no Holocausto.
Em 1º de dezembro de 1934, o líder comunista Sergei Kirov foi morto a tiros em seu escritório em Leningrado (atual São Petersburgo) por um membro do partido chamado Leonid Nikolayev, que afirmou ter agido por razões pessoais.
No entanto, diversos historiadores acreditam que a sua morte foi resultado de intrigas políticas, uma vez que Kirov era visto como um potencial rival do ditador Josef Stálin, especialmente devido à sua popularidade crescente entre os membros do partido e a base popular.
Após a morte de Kirov e a execução sumária de Nikolayev, Stálin usou o assassinato como pretexto para iniciar uma onda de repressão política que culminou nos Grandes Expurgos, em que milhões de membros do Partido Comunista, militares e cidadãos comuns foram presos, exilados ou executados. A partir de 1935, Stálin intensificou a perseguição a seus adversários políticos, causando um clima de medo e desconfiança em todo o país.
Além dos casos históricos da utilização de cadáveres como ferramenta política, a grande literatura também nos oferece exemplos desse fenômeno. A explosão de Brasília me fez lembrar o romance “O Agente Secreto”, de Joseph Conrad, publicado em 1907. Na obra, inspirada em um acontecimento real, Conrad narra a história de uma bomba que seria detonada para destruir o Observatório de Greenwich, na Inglaterra, mas acaba apenas por destruir a vida de uma pobre pessoa com deficiência mental. No livro, o grande autor polonês-britânico descreve a frieza de um agente revolucionário que se aproveita do sofrimento humano para avançar suas causas.
A esquerda, com essa frieza que vemos no personagem de Conrad, tenta agora fazer uma falsa equivalência entre a explosão desta quarta-feira e as arruaças de 8 de janeiro de 2023
Com o habitual cinismo e frieza, políticos e militantes de esquerda, apoiados por grande parte da mídia, querem impedir de qualquer maneira a anistia aos patriotas inocentes que hoje estão presos e exilados. Acuado depois da vitória espetacular de Donald Trump nas eleições americanas, o Regime PT-STF e seu plantel de jagunços querem usar o cadáver de um pobre suicida para destruir o que resta da liberdade no Brasil.
Lembrem-se sempre disto: a esquerda nunca perdoa. Até o fim.
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