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Paulo Briguet

Paulo Briguet

“O Paulo Briguet é o Rubem Braga da presente geração. Não percam nunca as crônicas dele.” (Olavo de Carvalho, filósofo e escritor)

Regime PT-STF

Lula, amante da democracia e marido da ditadura

Até países governados pela esquerda reconhecem que Maduro fraudou as eleições, mas o governo de Lula aceita a posse do tirano socialista. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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Depois da Segunda Guerra Mundial, como sabem os meus sete leitores, a Alemanha foi dividida em duas. A parte ocidental ficou sob influência dos Estados Unidos e do chamado mundo capitalista; a parte oriental integrou-se ao bloco soviético. 

A mais importante cidade alemã, Berlim, também foi partida ao meio. Em 1961, os comunistas construíram o famigerado Muro de Berlim, que só seria derrubado em novembro de 1989. Para os ocidentais, aquele era o Muro da Vergonha; os que ergueram o muro, porém, o chamavam de Barreira de Proteção Antifascista. Não preciso dizer aqui de que lado e para qual lado os cidadãos alemães costumavam fugir.

Poucos se lembram de que Lula da Silva, logo após ser derrotado por Fernando Collor nas eleições presidenciais de 1989, fez uma viagem ao Leste Europeu, onde manteve encontros com lideranças da esquerda e figuras ligadas ao recém-deposto governo da Alemanha Oriental. 

Meses depois, em julho de 1990, ele se juntou a outros líderes da esquerda latino-americana para fundar o Foro de São Paulo, entidade que, nas palavras de um amigo de Lula, o falecido ditador cubano Fidel Castro, tem como objetivo “resgatar na América Latina aquilo que nós perdemos no Leste Europeu”.

O nome oficial da Alemanha Oriental era República Democrática da Alemanha. Tínhamos aí uma completa mentira: não era uma república (mas uma autocracia partidária); não era democrática (mas uma ditadura); e não era da Alemanha (porque os russos é que mandavam). 

Por falar em Rússia, uma curiosidade: assim que o Muro de Berlim caiu, um agente da KGB chamado Vladimir Putin, lotado na cidade de Dresden, onde prestava serviços à famosa Stasi, juntou suas coisas, colocou-as no bagageiro do seu Lada e voltou para Moscou.

Na última quinta-feira (9), a secretária-geral do Foro de São Paulo e diretora nacional do PT, Mônica Valente, compareceu a um evento em Caracas e saudou o ditador e fraudador eleitoral da Venezuela: “Nosso mais profundo e caloroso abraço fraterno de irmãos e irmãs de toda a América Latina e Caribe. O povo venezuelano toma em suas mãos sua soberania, sua libertação, com a posse do presidente Nicolás Maduro”.

Até países governados pela esquerda reconhecem que Maduro fraudou o resultado das eleições e que o legítimo presidente da Venezuela é Edmundo González, mas o regime petista reconheceu a posse do tirano socialista

Um dia antes, no famigerado 8 de janeiro, o ocupante da Presidência do Brasil declarou-se “um amante da democracia” e explicou que na maioria dos casos os homens “são mais apaixonados pelas amantes do que pelas mulheres”. Conhecendo a história de Lula, eu entendo perfeitamente o que ele quis dizer.

Para Lula, a palavra democracia está inevitavelmente ligada ao conceito de socialismo. Em 1989, durante a campanha eleitoral, ele falava diversas vezes em “democracia socialista”, o que é uma contradição em termos. 

Anos depois, com a criação da personagem de marketing “Lulinha paz e amor”, ele passou a falar apenas em democracia, o que representou uma mudança tática da extrema-esquerda. 

Mas a estratégia manteve-se a mesma: o objetivo final de Lula e do PT é o socialismo. Socialismo não como “socialização dos meios de produção” isso já foi abandonado há muito tempo , mas como mudança radical da sociedade por meio do controle social, dos impostos progressivos e da concentração de poder.

Todo amante tem uma esposa oficial. E o cônjuge de Lula, em sua relação com o poder, é a ditadura. O matrimônio político PT-STF destruiu a justiça, destruiu o processo eleitoral e está destruindo a economia do país. No triângulo amoroso Lula-democracia-ditadura, a amante é aquela que serve apenas como instrumento para a consolidação do poder socialista.

Lula só ama a democracia quando esta lhe traz poder, assim como o homem casado só ama a “outra” quando esta lhe dá prazer. Nos momentos em que a democracia beneficia os adversários de Lula, ela se torna objeto de escárnio, repúdio e sabotagem. 

Não é por acaso que o atual mandatário quer reescrever a história de Temer e Bolsonaro na galeria presidencial; é puro ciúme da amante que lhe foi infiel no passado recente. 

A democracia amada por Lula é muito parecida com aquela que existia na Alemanha Oriental: uma democracia que não gosta de liberdade, nem de justiça, nem de verdade.

Lula diz amar a democracia, mas não consegue esconder o fato de que o povo não o ama. A prova gritante desse desprezo popular está no fracasso das comemorações do 8 de janeiro. Há mais gente presa, exilada e perseguida pelo regime PT-STF do que os gatos-pingados presentes ao abraço de tamanduá à pobre democracia, amante rejeitada de um presidente sem povo.

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Conteúdo editado por: Aline Menezes

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