O Briguet Sem Medo deste domingo (1) vai falar sobre o indiciamento do Padre José Eduardo, que atua na diocese de Osasco em São Paulo. Ele é um dos 37 indiciados que consta na lista que foi entregue pela Polícia Federal (PF) ao Supremo Tribunal Federal (STF). O sacerdote prestou depoimento à corporação, no dia 7 de novembro, no âmbito do inquérito do dia 8 de janeiro em que ele aparece como um dos suspeitos no suposto planejamento de golpe de Estado no Brasil.

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Padre é um dos 37 indiciados pela PF ao STF

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O padre José Eduardo de Oliveira Silva, que atua na diocese de Osasco em São Paulo, é um dos 37 indiciados que consta na lista que foi entregue pela Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira (21), ao Supremo Tribunal Federal (STF). O sacerdote prestou depoimento à corporação, no dia 7 de novembro, no âmbito do inquérito do dia 8 de janeiro em que ele aparece como um dos suspeitos no suposto planejamento de golpe de Estado no Brasil.

O religioso é mencionado nas investigações como parte do "núcleo jurídico" do suposto esquema golpista. Esse grupo teria como responsabilidade o "assessoramento e elaboração de minutas de decretos", segundo o documento da PF.

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"Menos de 7 dias depois de dar depoimento à Polícia Federal o meu cliente vê seu nome estampado pela Polícia Federal como um dos indiciados pelos investigadores. Os mesmos investigadores não se furtaram em romper a lei e tratado internacional ao vasculhar conversas e direções espirituais que possuem garantia de sigilo e foram realizadas pelo padre", explicou o advogado do padre, Miguel Vidigal, em nota enviada à Gazeta do Povo.

“Era atendimento religioso”, diz defesa

A defesa do padre José Eduardo de Oliveira e Silva afirma que ele realizou atendimentos religiosos com o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu ex-assessor Filipe Martins. A investigação da PF envolve Bolsonaro e outras 36 pessoas, entre militares, ex-integrantes do governo e civis.

De acordo com os investigadores, o padre teria participado de reuniões em Brasília para tratar da “minuta de golpe de Estado” e integraria o núcleo jurídico que escreveu o decreto. O relatório cita também que o sacerdote teria enviado “uma espécie de ‘oração do golpe’” para Frei Gilson, padre com 5 milhões de seguidores que teve as contas nas redes sociais bloqueadas recentemente, sem explicações.

Na mensagem enviada por José Eduardo, o pároco solicitava que todos os brasileiros, católicos e evangélicos, incluíssem em suas orações os nomes do Ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira e de outros dezesseis generais quatro estrelas.

O pedido seria para que Deus desse coragem a essas pessoas para “salvar o Brasil”, agindo com consciência histórica e “não apenas como funcionários públicos de farda”. O recado citava o nome dos militares que receberiam orações, e sugeria ao Frei Gilson que encaminhasse o texto “apenas para pessoas de estrita confiança”.

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