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O “Manifesto Comunista”, de Karl Marx e Friedrich Engels, publicado em 1848, é amplamente conhecido como um dos livros que estragaram o mundo. Ali, em poucas páginas, o leitor atento — e sei que meus sete leitores o são — perceberá as sementes do totalitarismo revolucionário que viriam a germinar no século seguinte, com os maiores genocídios da história. Trata-se de uma obra voltada inteiramente para a destruição da sociedade humana e dos princípios que a fundamentam.
Em 1998, um professor universitário chamado Fernando Haddad, que anos depois se tornaria o pior prefeito da história de São Paulo e hoje concorre com grandes chances ao título de pior ministro da Fazenda de todos os tempos, publicou um livrinho intitulado “Em Defesa do Socialismo”, em comemoração aos 150 anos do “Manifesto Comunista”.
Haddad tinha por objetivo reescrever e atualizar a obra de Marx e Engels conforme as ideias dos autores da Escola de Frankfurt, ou seja, por meio da dialética negativa, a “crítica radical de tudo que existe”.
Quando Haddad escreveu seu livrinho, o economista austríaco Ludwig von Mises já provara, 78 anos antes, que o socialismo econômico simplesmente não existe, pelo simples fato de que um governo central é incapaz de calcular todos os preços da economia de um país.
Sabedor dessa dura realidade, Haddad esboçou então um programa para implantação de um regime socialista por meio da dominação cultural e da subversão das empresas.
Na verdade, só existem dois tipos de economia: a capitalista e a fascista. A diferença entre as duas é que, na economia fascista, as empresas são sufocadas e escravizadas pelo governo por meio de impostos, regulações e leis draconianas, até que venha a falência ou submissão total. Adivinhe o modelo escolhido por Haddad.
A população brasileira está revoltada, e com toda razão, diante do escândalo ao Pix. O que muita gente não sabe é que as ações do atual governo correspondem exatamente ao programa publicado pelos dois comunistas barbudos em 1848.
Na seção II do “Manifesto”, Marx e Engels afirmam que os comunistas devem “usar sua supremacia política para arrancar todo o capital à burguesia, a fim de centralizar todos os instrumentos de produção na mão do Estado”. Isso só poderá ser feito, ressaltam os autores, “por meio da violação despótica do direito de propriedade”.
Em seguida, numa espécie de paródia do Decálogo, eles listam dez medidas para a implantação do regime socialista-comunista. Prestem atenção nas quatro primeiras medidas:
“1. Expropriação da propriedade fundiária e emprego do rendimento das terras nas despesas do Estado.
2. Imposto pesado progressivo.
3. Abolição do direito de herança.
4. Confisco de bens de todos os emigrados e rebeldes.”
O primeiro item explica o ódio de Lula ao agronegócio e o fortalecimento do MST; o terceiro item é um dos mantras da militância esquerdista; o quarto item mostra o destino reservado para todos aqueles que ousarem fazer oposição ao regime.
Mas eu quero aqui falar especificamente sobre o terceiro mandamento do “Manifesto Comunista”. A taxação, na visão marxista, é um instrumento de guerra ao que eles chamam de “classes proprietárias”.
O mais revoltante é que, no caso atual, esse sufocamento por meio de impostos não tem como alvo os grandes grupos empresariais
Muitos destes, como já vimos nos outros governos petistas, têm seus lucros e oligopólios e vantagens e propinas assegurados; são os bons companheiros do regime, os “campeões nacionais”.
As vítimas preferenciais do escândalo do Pix são a classe média e os trabalhadores informais. Na medida em que o país é largamente sustentado pela informalidade, e considerando que essa informalidade é causada pelo excesso de regulações e tributos que impossibilitam a atividade dos pequenos empreendedores, a fiscalização sobre as movimentações acima de R$ 5 mil no Pix é uma evidente declaração de guerra à sociedade brasileira.
Jogar todo o peso da máquina arrecadadora brasileira — o Tiranossaurus rex da Receita Federal — contra ambulantes, artesãos, padeiros, pedreiros, manicures, entregadores, mecânicos, cabeleireiros, costureiras, músicos, catadores, pipoqueiros, eletricistas, encanadores, boleiras e uma infinidade de brasileiros que lutam para pagar as contas do mês não irá formalizá-los, irá destruí-los.
Eles não se tornarão pagadores de impostos; eles deixarão de existir como trabalhadores informais e vão engrossar os índices de miséria e a lista dos programas assistenciais do governo.
Assim como existe um Monumento ao Soldado Desconhecido em outros países, no Brasil deveria ser erguido um Monumento ao Informal Desconhecido. Graças a eles — e ao agronegócio — não estamos hoje na miséria absoluta. Mas, no governo Lula, toda homenagem que esses trabalhadores receberão é uma visita da hiena fiscal (há muito tempo o leão deixou de ser um símbolo adequado para o Fisco brasileiro).
Ao lançar uma vigilância orwelliana sobre o suado dinheiro de milhões de trabalhadores pobres e da classe média, o regime PT-STF, colocado no poder por meio de um golpe de Estado, ataca a consequência do problema, e não a sua causa. O objetivo é a destruição da sociedade brasileira, colocando a todos nós joelhos diante dos donos do poder.
É o que o Nikolas disse: — Ou o Brasil para o Lula, ou o Lula para o Brasil.
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Conteúdo editado por: Aline Menezes