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Representação do Cerberus (Cérbero), na mitologia grega, um monstruoso cão de três cabeças.
Representação do Cerberus (Cérbero), na mitologia grega, um monstruoso cão de três cabeças.| Foto: Reprodução/Cerberus/Smite game/Hi-Rez Studios

“O Virgem dolorosíssima, as vossas lágrimas derrubaram o império infernal.”
(Coroa das Lágrimas de Nossa Senhora)

Se você deseja entender a guerra espiritual e a política de nosso tempo, precisa ser apresentado a um personagem fundamental da história: Cérbero. Na mitologia grega, Cérbero é o monstruoso cão de três cabeças e cauda em forma de serpente que guarda a porta do Inferno (Hades, para os gregos). Seu nome do grego Kérberos — significa escuridão, sombra, medo e morte.

Embora tenha se originado no paganismo, a figura de Cérbero foi incorporada pela cultura cristã, sendo mencionada até no grande poema de Dante.

Transportada para o cenário contemporâneo, a imagem de Cérbero pode ser usada para representar as três forças políticas que hoje tentam estabelecer um governo mundial: o globalismo ocidental, o comunismo russo-chinês e o islamismo.

(Sempre que utilizo o Cérbero para interpretar o mundo atual, agradeço ao meu amigo e mestre Bernardo Pires Küster, o primeiro a usar essa imagem.) 

As três cabeças de Cérbero possuem algumas características em comum, além do desejo de conquistar o mundo.

São movimentos revolucionários, ou seja, pretendem realizar grandes mudanças na sociedade e na própria natureza humana por meio da concentração de poder político

Todas as três podem aliar-se ou confrontar-se de acordo com a situação do momento. Assim, os blocos globalista e russo-chinês estão em campos opostos hoje na Guerra da Ucrânia, mas estiveram juntos para tirar Jair Bolsonaro e Donald Trump do poder. Mas a principal e mais perversa característica do Cérbero contemporâneo é a arma do democídio.

O termo democídio foi cunhado pelo cientista político americano Rudolph Joseph Rummel (1932-2014), autor do excepcional “Death by Government” (Morte pelo Governo), publicado há exatos 30 anos. Em sua obra, Rummel define democídio como o assassinato de um grupo de pessoas por seu próprio governo, o que engloba genocídio (a morte de pessoas por sua associação a um grupo étnico, religioso ou cultural), politicídio (a morte de pessoas por suas ideias políticas) e assassinato em massa (matança indiscriminada de um número elevado de pessoas).

R. J. Rummel afirma que o número total de mortes por democídio no século XX chegou a 262 milhões de pessoas e isso sem contar os mortos em conflitos militares. A maior parte dessa montanha de cadáveres cerca de 180 milhões foi produzida nos regimes socialistas.

Escreve o autor: “Só para dar uma perspectiva sobre esse assassinato pelo governo, se todos esses corpos fossem alinhados da cabeça aos pés, dariam a volta ao mundo dez vezes. Além disso, o democídio assassinou seis vezes mais pessoas do que as que morreram em combate às guerras estrangeiras e internas do século. É como se uma guerra nuclear em escala mundial houvesse ocorrido, mas com os mortos espalhados por um século”.

E aqui vai a notícia mais assustadora: os três movimentos revolucionários, que disputam o poder mundial, pretendem, cedo ou tarde, utilizar a arma do democídio. 

Os globalistas defendem abertamente a redução da população mundial, a ditadura sanitária e a redução drástica na produção de alimentos por motivos ambientais; os comunistas, há mais de 100 anos, não apenas pregam, mas realizam a eliminação completa dos que se opuserem ao movimento revolucionário; por fim, os defensores do califado universal já demonstraram sua sede de sangue com os atos terroristas das últimas cinco décadas.

Os autoproclamados donos da direita brasileira Tarcísio, Malafaia, Kassab e outros ignoram ou, pior que isso, conhecem, mas aceitam o cão dos infernos dos três poderes globais. 

Por seu comportamento recente, eles não estão nem aí. Em troca de poder, o Centrão e a direita permitida não hesitarão em entregar as nossas liberdades e nossas próprias vidas ao Cérbero global.

Conteúdo editado por:Aline Menezes
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