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Fraude do arroz expõe real motivo do governo para não aportar os R$ 7 bi na produção do RS
| Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Após o governo federal desconsiderar todos os avisos contra a decisão de importação de arroz, eis que a imprensa surpreendeu a todos com denúncias de fraudes no leilão açodado realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), presidida por Edegar Preto (PT) que, agora, mostra a real intenção do governo Lula 3. 

Mais de 80% da safra de arroz do Rio Grande do Sul já está colhida e estocada, não houve prejuízo nessa safra, o produtor de arroz está em dia, o comércio está funcionando e os próprios números do IBGE (2024) já mostravam que os preços do arroz estão diminuindo. 

Importante relembrar que as entidades representativas do setor orizícola do Rio Grande do Sul, responsáveis por 70% do abastecimento de arroz no Brasil, descartaram qualquer risco de desabastecimento no mercado doméstico. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) externou preocupação com a interferência do governo federal no mercado e o incentivo à especulação externa sobre o preço do arroz e partidos políticos entraram na justiça contra o leilão. Nada foi suficiente para estancar esta medida descabida, em plena tragédia enfrentada pelo setor gaúcho.

Após o cancelamento do leilão pela segunda vez, após denúncias graves de favorecimento de pessoas ligadas ao 1º escalão do Ministério da Agricultura, após constatar que as empresas selecionadas não dispõem de competência técnica para executar a importação, o governo Lula 3, não satisfeito, se prepara para lançar mais um leilão. Pasmem!

Será mais uma artimanha vindo aí? Será que não está explícito que a medida é eleitoreira e não ajuda em nada os produtores de arroz gaúchos ou a população brasileira? Estamos falando de um investimento de R$ 7 bilhões!

As entidades representativas do setor orizícola do Rio Grande do Sul, responsáveis por 70% do abastecimento de arroz no Brasil, descartaram qualquer risco de desabastecimento no mercado doméstico

A Medida Provisória (MP) 1224/24 que autoriza a Conab a vender arroz beneficiado importado diretamente ao consumidor final, recebeu importantes emendas propostas pelos integrantes da FPA. 

Essas emendas buscam garantir que os recursos destinados sejam preferencialmente utilizados para a formação de estoques públicos, mediante a aquisição de arroz de produtores nacionais, mantendo a qualidade e o preço semelhantes aos estipulados para o arroz importado. Mais ainda, pedimos que seja zerado imposto para o arroz brasileiro na contenção de preços ao consumidor.

O governo Lula 3 perde mais uma oportunidade de contribuir com o setor agropecuário nacional ao não incentivar os produtores rurais. Os R$ 7 bilhões que querem utilizar para comprar esse arroz de fora financiariam a produção de 5 milhões de toneladas de arroz no Brasil. É uma loucura!

Preferem oferecer arroz de quinta categoria para a população e fazer política com a marca do governo estampada em um pacote no supermercado. É um verdadeiro absurdo! Se o governo quer comprar arroz para botar preço subsidiado, que o faça, mas com o arroz dos produtores rurais brasileiros, não de fora.

Nessa quinta-feira (13), relatório da Conab confirmou que há arroz disponível para abastecer o mercado interno. A colheita de fevereiro e março deste ano ficou em 10,4 milhões de toneladas, 0,9% de redução em relação ao último levantamento (22/23). 

O Congresso Nacional tem a obrigação de conter a utilização do dinheiro público para fins eleitorais e o fará. O deputado Luciano Zucco (PL-RS) trabalha pela instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a importação de arroz pelo governo Lula 3, acusado de utilizar empresas de fachada no leilão. 

No mesmo fluxo, após o acúmulo de derrotas importantes nesta semana com devolução da MP do Fim do Mundo (1227/24) e do cancelamento do leilão do arroz, fica muito distante o diálogo com um governo que vai à imprensa dizer que quer contribuir com o setor agropecuário nacional e, por outro lado, trabalha contra setores econômicos que ainda garantem a estabilidade do Brasil e a geração de empregos. Não deixaremos a população esquecer!

Conteúdo editado por:Jônatas Dias Lima
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