Cresci lendo a Gazeta do Povo, veículo de comunicação que vem sendo reconhecido como o grande defensor da liberdade, por posicionamentos claros e transparentes. A Gazeta ocupa hoje local de destaque na discussão dos grandes temas.
Você, leitor, pode imaginar minha alegria em ser convidado para assinar esta coluna semanalmente. Por aqui, vamos explorar as questões da agropecuária brasileira e da política nacional. Espero conseguir transmitir um pouco do meu ponto de vista como presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, tendo a responsabilidade de liderar o maior grupo do Congresso Nacional, pois superamos os 350 parlamentares entre deputados e senadores. Um grupo diverso, pluripartidário, porém coeso quando tratamos das pautas setoriais.
Sempre digo que nosso setor é envolto em uma guerra de narrativas. Somos um dos maiores players do mercado internacional com tecnologia e sustentabilidade, mas temos grandes concorrentes. Estados Unidos e União Europeia disputam conosco em diversos mercados o protagonismo da produção agrícola no mundo. Iniciativas como o green deal europeu ou medidas protecionistas impostas ao Brasil só comprovam a ideia das narrativas, ou seja, tudo é uma questão comercial.
Certa vez, estava em uma reunião com produtores americanos e foi dito, por um dos palestrantes, que o mundo precisa triplicar a produção para alimentar 8 bilhões de habitantes do planeta e o mais importante: o único local do mundo capaz de fazer isso, com tecnologia e boas práticas, é o Brasil. É simples concluir que nossos concorrentes “tremem na base” ao imaginar ainda mais crescimento e protagonismo brasileiro.
Estados Unidos e União Europeia disputam conosco em diversos mercados o protagonismo da produção agrícola no mundo
Os números da agropecuária são amplamente conhecidos, motivo de orgulho nacional, o agro é responsável por 1/3 do PIB, 25% dos empregos e mais da metade das exportações brasileiras. O IBGE divulgou o crescimento do PIB no 1º trimestre - algo em torno de 2% - e a agropecuária é responsável por quase 22% desse crescimento.
Um setor com essa magnitude, com essa importância, deve ser, no mínimo, respeitado. Fazemos tudo isso, mesmo tendo tanto - e tantos - contra nós. Quando digo que temos muitos contra nós, refiro-me à volta das invasões, às demarcações sem critérios e ao debate ambiental focado no aspecto ideológico, tudo isso apoiado por um governo que despreza nosso setor. Mas, isso abordarei na próxima semana. Assunto é o que não falta! Até a próxima…
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