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Estudos do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas mostram que a emissão abusiva de gases que contribuem com a intensificação do efeito estufa, provenientes, principalmente, dos combustíveis fósseis, é uma das maiores razões para a intensificação das mudanças climáticas.

Segundo a entidade, até o fim do século, há condições de a temperaturada da Terra subir de 1,8ºC a até 6,4ºC. O volume de chuvas pode aumentar em 20% e os níveis dos oceanos crescer em até 59 centímetros até 2.100.

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Doenças devem ser intensificadas pelas alterações ambientais. Veja algumas dignas de preocupação.

Varíola – Corpos de pessoas contaminadas e mortas pela enfermidade há 130 anos estão enterrados na planície da Sibéria. O problema é que o solo gelado e coberto de neve da região está derretendo. De acordo com cientistas russos, como no local há mais gelo do que terra e rocha, o aquecimento global pode favorecer o retorno do vírus, caso alguma amostra intacta dele tenha sobrevivido.

Cólera – A doença é causada por uma bactéria que se desenvolve em águas mais quentes. De tão violenta, uma diarreia pode matar em poucos dias. A falta de estrutura sanitária em muitos países e a elevação da temperatura global faz a combinação ideal para o aumento do problema.

Ebola – Ainda sem cura, o vírus é altamente contagioso e leva à morte dentro de meses. O que se sabe até o momento, é que os surtos da doença tendem a acompanhar grandes enchentes ou períodos de estiagens severas na África Central.

Doenças parasitárias e transmitidas por mosquitos – Temperaturas médias elevadas e o aumento do regime de chuvas beneficiarão muitas delas.

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Marés vermelhas – A proliferação de águas tóxicas em águas costeiras, como resultado de alterações nas temperaturas dos oceanos e mudanças na vida marinha, pode contaminar gravemente o ecossistema e, por consequência, a saúde humana.

Doença do sono – Previsões sugerem que o aumento da temperatura da Terra também possa alterar a distribuição da mosca tsé-tsé, transmissora da doença que causa inflamação dos gânglios linfáticos. Ela atualmente infecta cerca de 300 mil pessoas na África.

Tuberculose – Os períodos de estiagem podem fazer com que animais domésticos e selvagens partilhem de bebedouros naturais. Como consequência, as pessoas também ficarão mais sujeitas à contaminação.

(Texto: Claudia Guadagnin)