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Estamos vivendo em uma simulação, defendem cientistas. E talvez eles até te convençam…

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Se você assistiu “Matrix” sem cochilar, talvez este assunto não seja tão novidade. Se não assistiu, se prepare para dar um nó na cabeça: alguns cientistas e expoentes da tecnologia acreditam realmente que estamos vivendo em uma simulação. Um dos defensores da ideia é o gênio da inteligencia artificial Elon Musk (você pode ler mais sobre o cara neste perfil aqui).

Em uma conferência em junho, ele disse: “há um bilhão de chances de estarmos vivendo em uma realidade simulada”.

Parece uma grande viagem, mas há uma teoria curiosa por trás da afirmação. E talvez até te convença. Assim como convenceu alguns investidores bilionários da tecnologia — segundo a revista The New Yorker, dois ricaços do segmento têm financiado pesquisas para nos tirar desta simulação…

A “hipótese da simulação”, na versão moderna, foi levantada em 2003 pelo cientista Nick Bostrom, da Universidade de Oxford (Inglaterra). Ele sustentava que membros de uma civilização pós-humana super-avançada eram os responsáveis por comandar esta simulação — nossas vidas, no caso.

A ideia é levada adiante por Rich Terrile, um cientista da Nasa. Em entrevista ao The Guardian, ele aponta que os sinais estão aí. Tecnologias como a realidade virtual, a realidade aumentada e a inteligência artificial, na concepção dele, podem ser desenvolver a tal ponto de criar simulações de vida como a conhecemos hoje. Mais ou menos como um jogo de vídeogame ultrarrealista.

“Se prevermos como será o progresso das atuais tecnologias daqui a algumas décadas, veremos que existirão entidades artificiais vivendo em simulações e serão mais abundantes do que a vida humana”, disse. “Se no futuro existirão mais pessoas digitais em ambiente simulados, então porque não pensar que já somos parte disso?”, questiona.

Ao Guardian, Terrile diz que uma das razões para acreditar nisso é que o universo se comporta seguindo uma lógica matemática. Mais: ele pode ser quebrado em pequenas partes, as partículas subatômicas — mais ou menos como os pixels de um videogame.

“Francamente, se não vivemos em uma simulação, é uma situação bem incomum”, decreta.

Os argumentos não convencem a todos, claro. O professor de física do MIT Max Tegmark diz, na mesma reportagem: “existe possibilidade lógica de estarmos vivendo em uma simulação? Sim. Estamos vivendo em uma simulação? Eu diria que não”. Para ele, isso contraria as leis da física que conhecemos hoje.

Lisa Randall, física teórica de Harvard é menos elegante em sua resposta: “Não vejo nem como argumentar isso”.

O fato é que, para se sustentar tal teoria, é preciso acreditar que a inteligência artificial e as novas tecnologias se desenvolvam a tal ponto de superar o cérebro humano (pelo menos como conhecemos hoje). E isso ainda parece bem distante…a não ser que realmente estejamos em uma simulação, lógico.

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