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Lionel Messi lamenta pênalti perdido na final da Copa América. Foto: AFP

Lionel Messi lamenta pênalti perdido na final da Copa América. Foto: AFP

De todos os cobradores escolhidos, sem dúvida o que os argentinos menos esperavam que fosse errar na cobrança de pênaltis era o genial Lionel Messi – o camisa 10 isolou sua cobrança durante a final da Copa América Centenário, no último domingo (26), deixando escapar um título importante, algo esperado pelos hermanos há 23 anos.

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Se isso ajuda a aplacar a dor, há uma explicação científica para a falha. E ela se chama “erro irônico”. De acordo com um estudo de três especialistas em psicologia esportiva, Tim Woodman, Matthew Barlow e Recep Gorgulu, da Bangor University (Reino Unido), os jogadores erram por pensar demais em não errar. Eis a ironia.

Aos fatos. Para realizar determinada tarefa, o cérebro usa dois processos: um operacional e outro de monitoria. O primeiro determina o que deve ser feito (balançar as redes); o segundo, as variáveis que podem atrapalhar tal objetivo (trave, goleiro, chutar para fora). Em condições normais, os dois funcionam de forma equilibrada.

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Mas, cá entre nós, a final de um campeonato não é uma situação normal. Nestes casos de alta pressão, o primeiro dos processos, o operacional, divide espaço com sentimentos de ansiedade. Isso não acontece com o processo de monitoria, que trabalha em uma faixa subconsciente e não divide espaço cognitivo (literalmente está em outro compartimento).

O resultado é desequilíbrio: o sujeito pensa mais nas possibilidades de errar do que acertar. Obviamente, a chance de errar cresce.

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Curiosamente, os estudos apontam que isso é pior nos jogadores que parecem tranquilos: nestes, dizem os especialistas, o cérebro está superlotado com ordens para disfarçar a ansiedade – isso aumenta o desequilíbrio.

Para evitar esse tipo de erro, há duas soluções: relaxamento (com exercícios de respiração, por exemplo) ou focar apenas no acerto, eliminando o espaço cerebral para a ansiedade gerada pela pressão. Uma boa dose de habilidade também vai bem, imagina-se (embora isso não esteja descrito no estudo).

O fato é que, definitivamente, o melhor do mundo perder um pênalti é uma ironia das grandes.

 

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