Debbie (à esquerda) e Alyssa: "ninguém consegue substituir ninguém." (Foto: Divulgação)| Foto:

Como um time de futebol memorável, uma banda pode ser lembrada por sua formação. Principalmente quando já tem algum tempo de estrada e quem está no palco acrescenta algo a mais, para além da música. É o caso da Audac, que anunciou a saída da baixista Debbie, uma das fundadoras do grupo.

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Somada à timidez calculada de Alyssa Aquino (vocais e sintetizadores), a elegância despojada de Debbie no palco era parte da essência da banda, que também conta com Pablo Arruda Busetti (bateria) e Matheus Reinert (guitarra). Mas o mundo gira. Na entrevista a seguir, Alyssa fala sobre a saída da baixista e seu possível substituto, um provável disco para este ano e a expectativa para o show no Circo Voador, no Rio de Janeiro, no próximo dia 15 – a banda curitibana toca ao lado de Boogarins e O Terno.

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Por que a Debbie deixou a Audac?

Então, a Debbie já estava morando faz algum tempo em São Paulo. Estava muito difícil conciliar ensaios e reuniões com a vida pessoal e profissional dela lá, e as oportunidades não param de surgir. Não tinha mais como, infelizmente. Mas eu não posso responder pela Debbie. Ela também fez as escolhas dela, sempre existem dois lados.

Já há um substituto(a)?

Já estamos ensaiando com um baixista, o Ramon Fassina. No momento estamos deixando tudo rolar naturalmente com essa formação, sem muita pretensão do que vai acontecer. Ninguém consegue substituir ninguém, somos todos diferentes, só temos que descobrir se é para melhor ou não. Estamos gostando bastante dos ensaios. Ele era o vocalista e guitarrista da Monaco Beach, banda muito massa aqui de Curitiba.

Talvez a Audac esteja no auge, com um disco bom nas mãos e shows recentes em outras cidades do país. Como a banda está lidando com a saída de uma de suas fundadoras justamente agora?

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Eu acredito que se isso tivesse acontecido um ou dois anos atrás, teria sido muito mais grave. Provavelmente a banda não continuaria… mas de uns tempos para cá não estava mais sendo a mesma coisa, fiquei bem triste em perceber que já não estávamos todos indo para o mesmo caminho. Muito do que eu tinha medo de fazer sozinha, como compor, já vem dando muito certo. Foi assim que saiu Distress e Dark Side por exemplo. E compor com outras pessoas, como com o Matheus Reinert, também tem funcionado muito bem!

Viver de música está mais difícil? Há um limite para tentar isso em Curitiba, no Brasil?

Eu vivo de música. Se não pudesse tocar, com certeza seria muito infeliz. Poder fazer shows aqui e em outras cidades, ver pessoas felizes em ouvir, agradecendo pelo que a gente faz, isso já é muito do que eu preciso para viver. Agora, se você está falando de dinheiro, eu desencanei de buscar isso totalmente. Tem hora que dá e tem hora que não dá, hahaha.

Vocês tocam no próximo dia 15 no Circo Voador (RJ), ao lado de nomes interessantes do rock nacional atual (Boogarins e O Terno). O que esperam do show?

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Muita ansiedade, primeiro show no rio, primeiro show de 2015, primeiro show com uma nova formação. Bandas incríveis das quais somos muito fãs! O Circo Voador é um palco que sempre quis muito conhecer e jamais imaginei que ia ser tocando. Será com certeza algo muito grande e especial!

Há previsão de um disco novo para este ano?

Tem muito material, muitas músicas, com certeza vamos lançar muito material novo. Ano passado, nós tentamos uma gravação, mas não conseguimos concluir o nosso objetivo. Ainda não era o momento. Esse ano vamos fazer com mais calma e aproveitar todas as parcerias e oportunidades que temos e que surgem sempre.