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Depois de uma turnê na Europa, a Banda Mais Bonita da Cidade volta a se apresentar em Curitiba. E em companhia do pernambucano Tibério Azul. O show, que faz parte do projeto Miscelânea, acontece na Sociedade 13 de Maio neste sábado (20), a partir das 23 horas. Tibério (mais um dos cabras com nomes estranhos e som legal, a exemplo de Cícero, Wado e Pélico), lançou no ano passado o interessante disco Bandarra, produzido por China.

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O álbum valoriza as canções, fala de bicicletas e dias de sol, e tem espertos toques de jazz (há o piano de Vitor Araújo) e regionais (a sanfona é um instrumento importante no show). Tive oportunidade de vê-lo ao vivo no Festival Rec-Beat, em Recife, no carnaval deste ano. Você pode ler sobre isso aqui. Abaixo, três perguntas a Tibério Azul. Depois, o clipe de “Veja Só”.

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Como você conheceu a Banda Mais Bonita da Cidade?
“Tocamos juntos no Abril Pró Rock deste ano, e mantivemos um contato bem legal. Assisti o show deles e, depois do meu, me enfiei no camarim dos caras. O contato foi super massa, o pessoal é muito gentil. Viramos ‘brothers’, como se diz aqui em Recife.

O show, como será?
Serão dois shows separados, mas armamos um esquema para um participar da apresentação do outro. Venho com a banda completa, mas sem o Vitor Araújo (pianista). Além de ele ter uma carreira solo, ele toca piano, pô. Não tem como andar com ele por aí… Nos shows, gosto de ter espaço aberto para o que pintar no momento. Tenho cartas na manga, gosto muito da peculiaridade de cada show, entendo isso como um momento único. Então preparo algumas coisas e deixo o repertório em aberto. Vou tocar o Bandarra, mas pretendo também tocar algumas músicas da Mula Manca & A Triste Figura [sua ex-banda]. E tô muito curioso para tocar aí. Recebo um feedback muito bom de Curitiba.

Tibério na cena nacional:
Me vejo ligado muito fortemente à essência do que eu faço. Conectado comigo mesmo, com a alma do artista. Por isso mesmo, me tornei muito maleável. Me identifico com muita coisa e, claro, com a arte em si. Sou uma espécie de trovador de praça pública. Mas vejo que nos últimos anos há tanta coisa nos atrapalhando, nos ocupando, que a gente se desconecta dessa essência. E sinto identificação com a Tulipa Ruiz, por exemplo, com o Marcelo Jeneci, Leo Cavalcanti, Clarice Falcão. E com o Recife inteiro.