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Bandas formadas no campus de comunicação da UFPR: um resgate divertido
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[Atenção: fotos semi-impublicáveis abaixo]

Não sei porque, mas as maiores lembranças que tenho do curso de jornalismo na UFPR remetem à festa e música. Se naquela época discussões frias sobre Adorno e Horkheimer aconteciam nas salas de aula em manhãs não muito produtivas, no centro acadêmico e durante as sempre memoráveis vinhadas o assunto, para muitos das turmas da década passada, invariavelmente envolvia música.

Divulgação
Adorno e sua grande tese sobre “a transcendência do objeto e do noemático na fenomenologia de Husserl”.

A Universidade Federal do Paraná, primeira do Brasil, comemora 100 anos hoje. O imponente e conservador prédio histórico da Santos Andrade está aí, em capas de jornais, como tem de ser. Já o prédio do curso de Comunicação, no Cabral, continua com sua cara de colégio secundário. Mas a intenção deste post é celebrar o centenário lembrando o que aconteceu dentro dele em termos de música, ao menos entre os anos de 2003 e 2006, tempo em que comi incontáveis sanduíches do “Tio da Belina”, sujeito que vendia duvidosos salgados dento do campus.

Cesar Takeuchi
Campus de comunicação: não nos comunicávamos com ninguém.

Duas bandas que surgiram nesta época são hoje conhecidas e premiadas. Sabonetes e Banda Gentileza começaram quase que ao mesmo tempo.

A concepção da Sabonetes (o nome foi uma polêmica danada) surgiu nos sofás puídos do centro acadêmico, sempre um espaço acolhedor. Já a Gentileza começou com Heitor Humberto, o vocalista, procurando uma banda para que pudesse musicar seus versos. Ele achou isso em parte da banda Johnz, grupo que também começou na UFPR e com o qual compartilhei alguns divertidos insucessos.

Naked Girls and Aeroplanes tocam música da Banda Gentileza:

Mas antes de todos havia o Upsters, power trio formado por Artur Lipori, Diogo Fernandes e Jota (Artur e Jota estão na Banda Gentileza hoje; Diogo tocou na banda e foi baterista do Johnz). O grupo mandava ver seu grunge no famigerado Pandora, bar que, de tão apertado, fazia com que os clientes precisassem dar licença aos músicos quando surgiam alguns acordes mais complicados.

Rodrigo Lemos, o cara da música curitibana dos anos 2000, também sempre andava por lá. Se neste 2012 ele tem do que se orgulhar com a A Banda Mais Bonita da Cidade e Lemoskine, antes ele comandava a Poléxia e fazia shows acústicos em que tocava pequenos hits indies que agradavam a boa parte dos futuros jornalistas (e músicos).

Hoje, a saga continua: há a Labrador do jornalista Chico Marés, vencedora do Kaiser Sound deste ano; a Rastamandita, do Yuri “Raposão”, também escriba-comunicador formado na UFPR; e a Stella Viva, do colega Rafael Costa.

Abaixo, alguns registros dessa época, de dar inveja a Cid Destefani.


Jota, Diogo Fernandes, Túlio Pires Bragança e este jornalista no Rock de Inverno 5: sempre confundia o Bm com o Em.

Johnz em um respeitável pocket show nas Livrarias Curitiba. Em primeiro plano, Diego Perin, baixista da Gentileza e Lemoskine, formado em Publicidade pela UFPR.

Heitor Humberto em um dos seus primeiros shows, na Cinemateca de Curitiba. O evento, se não me engano, tinha a ver com Zé do Caixão.

Sabonetes no Centro Acadêmico, o local das inesquecíveis e muitas vezes traumáticas vinhadas.

Projeto de banda tocando em uma vinhada. Perceba a atenção dispensada pelo público…

O Caderno Vida na Universidade preparou um caderno especial sobre os 100 anos da UFPR, que está circulando hoje.

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