O segundo disco da Lemoskine deve demonstrar mais “contrastes” e falará mais “de nós”. Essas são as previsões de Rodrigo Lemos sobre o sucessor de Toda a Casa Crua (2012). Abaixo, uma entrevista sobre o novo álbum, a ser lançado no primeiro semestre de 2015. No final de tudo, você confere o documentário — lançado hoje — sobre o primeiro disco da banda. A direção é de João Marcelo e Rosano Mauro Jr. Ah, Lemos é o convidado da semana da série Acervo Pessoal, em que bambas da cidade escolhem seus discos favoritos. Domingo, no Caderno G. Stay tuned.
Qual foi a última música que ouviu antes de responder a essa entrevista?
Que interessante começar respondendo isso! Eu estava agora mesmo ouvindo a sessão de mixagem de uma faixa que gravei para uma coletânea tributo ao primeiro disco dos Raimundos. Se eu revelar o título, vai acabar estragando a surpresa, mas enfim. Estava escutando uma das canções desse álbum, de 1994, só que interpretada por mim.
Em que pé está o disco novo?
Ainda está saindo da concepção e entrando em pré-produção. Fiz algumas gravações com arranjos mas, por hora, a maioria das coisas está em meu celular e em minha cabeça, e em caderninhos espalhados pela casa…
Tem previsão de lançamento?
Em algum momento do primeiro semestre de 2015.
Já tem nome?
Há possíveis nomes. Só posso adiantar que é um disco que falará menos de mim, e mais de nós, enquanto humanidade. Estou supondo o ponto de vista de outras formas de vida, a nos observar. Que coisa, não? Uma “pira”. O trabalho vai neste sentido: escrever a partir de um conceito.
Para onde o álbum novo está caminhando em termos de sonoridade?
Deve vir mais carregado de contrastes entre orgânico e artificial; e com mais polidez também. A proposta do Toda a Casa Crua era passar uma ideia íntima e visceral. Agora acho que quero ser mais pretensioso em termos de sonoridade, ainda que possa falhar. Sinto que é um bom momento pra arriscar. Tenho escutado muita música com interesse rítmico. Então, esse viés (que já é bem presente em faixas como “Nessa Mulher”), tende a se tornar mais aparente nas coisas novas.
A banda que irá gravar o disco, qual é? Haverá participações?
Estou ensaiando com um time 2.0 que ainda conta com João Marcelo (baixo acústico), Luís Bourscheidt (bateria) e recebeu um “boost” nos graves com o Rodrigo Chavez (baixo elétrico, integrante do Trombone de Frutas). Com essa formação vamos começar os shows — o primeiro deles é neste sábado, em Maringá, pela Virada Cultural Paraná. E a partir daí, a idéia é separar umas semanas entre dezembro e janeiro para concluir os arranjos e gravar as músicas novas. Com certeza teremos participações extra, mas como ainda estou com o panorama incompleto, fica difícil sair distribuindo convites. Mas, há algum tempo gravei uma pontinha no álbum novo do China. Essa semana mesmo o intimei para participar numa faixa nova minha chamada “Pirão”.
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