• Carregando...
Lupaluna 2012: o melhor show, a surpresa e o destaque local
| Foto:

O frio de bater queixo foi o maior obstáculo na sexta. O rap dominou o sábado. Leia aí uns pitacos sobre o maior festival de música do Paraná, que chegou à quarta edição e reuniu 45 mil pessoas no BioParque no último fim de semana.

O melhor show
Criolo
A primeira coisa que você poderá dizer é, pô, e Los Hermanos? Falo sobre isso mais abaixo. Com uma banda extraordinária nas mãos, Criolo mostrou ao vivo seu grande trunfo: dar musicalidade e novas dimensões ao rap. Músicas do disco Nó Na Orelha cresceram com o carisma estranho de um sujeito único, que é ao mesmo tempo doce e invocado. Criolo canta muito, aliás, e a “lona ficou pequena” para ele.

Daniel Caron/Gazeta do Povo

O que merecia mais público
Nevilton
A banda de Umuarama é entrosamento puro e o show é sempre certeiro. Seu som roqueiro e divertido contagia. Pena que havia pouca gente no palco Mundo Livre.

A surpresa
Projota
O rapper fez a o palco GazStage transbordar. Quase todas as suas rimas foram cantadas em coro. Mais um sinal de que a bola da vez na música brasileira é mesmo o rap.

O sofisticado
Céu
Céu é finesse. A paulista criou um clima incrível na arena Mundo Livre. Seu show é inteligente, refinado e, bem, sexy.

O que poderia ter sido e não foi
Buena Vista Social Club® Featuring Omara Portuondo
Com Omara Portuondo e Barbarito Torres como destaque na formação, o mais famoso grupo de Cuba sofreu para conseguir esquentar a plateia. O som baixo colaborou para isso. Vi parte da apresentação ao lado de Lelo Zaneti, baixista do Skank, que mesmo assim estava estupefato. O Buena Vista parece ser, hoje, um espectro que ainda causa ainda causa impacto em quem gosta de boa música.

O que já foi melhor
Los Hermanos
Foi emocionante, o melhor show de sexta, com um repertório claramente comemorativo. Mas, para quem viu os barbudos em outras apresentações, ficou claro que os 15 anos de estrada deixam marcas. Além da barbinha branca de Amarante, a postura dos músicos era mais passiva do que em qualquer outro show que já haviam feito em Curitiba. Se antes Amarante esfregava sua guitarra no amplificador – e convencia –, no sábado ele tentou interagir de forma estranha e precisou de uma mãozinha, literalmente, para voltar ao palco. Marcelo Camelo foi… Marcelo Camelo. Pode-se botar a culpa no frio também.

Daniel Caron/Gazeta do Povo

Destaque local
Sabonetes
A banda curitibana levou muitos fãs ao BioParque e soube aproveitar bem um palco grande. Uma música nova deu vida a um repertório pra lá de conhecido.

Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo

Shows bons que não vi
Karina Buhr e Smash Mouth
Devido a atrasos na arena Mundo Livre, a baiana só cantou às 5 horas da manhã de sábado. Relatos confiáveis dizem que foi ótimo, e deve ter sido. Longe de Onde é um discão, e Karina, com bom-humor, inteligência e letras malandras, consegue se diferenciar no mar de novas cantoras com a mesma essência.

Topei com os caras do Smath Mouth fazendo uma espécie de “reconhecimento de campo” antes de subirem ao palco. O show, dizem, foi divertido. Parece que a banda não vive só de “All Star”.

*Passei boa parte do tempo na sala de imprensa, por isso não deu para ver tudo o que gostaria. Mas fique à vontade para dar sua opinião sobre outros shows, ou me desancar – com educação – se você tem outra opinião sobre os shows relatados acima.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]