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Um quarteto instrumental chamado Mel Azul, cujo som é intenso e incessante, se apresenta no Wonka Bar nesta sexta-feira (19). Dividem a noite com as curitibanas Uh La La! e Audac, banda que, aliás, está prestes a lançar seu álbum, produzido por Gordon Raphael — leia entrevista com o sujeito que talhou os dois primeiros discos do Strokes aqui. Mas essa conversa é sobre os paulistas: apelando ao neologismo musical — e beirando a petulância — pode-se definir o som da Mel Azul também como pós-rock funkeado, já que solapa grooves de baixo e teclados em músicas longas, divididas em várias partes, muitas delas antagônicas entre si. Algo esquisitão. E legal demais.

 

Funkadelia: paulistas estream em Curitiba.

Funkadelia da Mel Azul: paulistas estreiam em Curitiba.

 

A Mel Azul foi formada em 2009 e hoje conta com André Bruni (teclados) Antonio Carvalho (baixo) Antonio Paoliello (também baterista da banda Garotas Suecas) e Gustavo Prandini (guitarra). Surpresa é o codinome do grupo.

“Começamos com improvisos. No inicio, subimos muitas vezes no palco sem setlist ou alguma ideia pronta, nem mesmo temas. Criávamos tudo na hora e no palco”, me disse o baixista Antonio Carvalho, em conversa por e-mail. “Era uma onda muito louca o fato de não saber como a música iria começar, se desenrolar e terminar”, lembra o músico.

No começo de 2011, a banda lançou seu primeiro trabalho, um EP com cinco músicas intitulado Mel Azul. Na verdade, é um apanhado dos registros daquelas sessões de pura digressão musical. No segundo semestre de 2011 o grupo se concentrou na criação de seu primeiro álbum, que reúne sete composições. O resultado é o disco Luz Alem, que marca a fase atual da Mel Azul ao revelar uma “nova estética.” “Ultimamente estamos ouvindo bastante música latina,” diz Carvalho. Cumbia, carimbó e guitarrada, além da funkadelia do Parliament, também são influências mais perceptíveis no momento.

Os músicos da Mel Azul também são produtores, e tocam o estúdio Freak. Múltiplos – “nosso trabalho vai bem além da composição e da gravação das músicas” –, lançaram há algumas semanas uma websérie sobre “tudo isso”, chamada Hip Rock.

Esta será a primeira vez da Mel Azul em Curitiba, cidade, como sabemos, que combina muito com o som de bandas instrumentais, sem vozes, apesar de todo o seu rock.

Serviço:

Uh La La!, Audac e Mel Azul. Dia 19, a partir das 22h.

Wonka Bar (R. Trajano Reis, 326, São Francisco).

R$ 15 e R$ 7,50 (estudantes).

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