Curitibano bom reclama da chuva, mas foge do sol. Porque não somos acostumados a temperaturas infernais, de 30 graus ou mais, deusolivre, como a deste domingo, último dia de Virada Cultural. O colega Rafael Urban (já viram o documentário dele sobre uma senhora singular que coleciona fósseis?) registrou a imagem da Virada de 2012. É essa aí embaixo.
A Rua XV está tomada. Um show acontece no meio da tarde tropical, incandescente. Curitibanos se apinham em uma nesga de sombra, em que cabe todo mundo. O sol? O sol é demais – queremos a dose certa, nem mais nem menos, embora o nublado nos reflita. Perceba a atenção dispensada pelas pessoas na foto. As duas senhoras, na frente, tomadas pelo que rola no palco, na tranquilidade da sombra. No sol, um vazio imenso. Um gelo.
Na Virada de 2011, uma outra imagem rodou por aí: a foto do palco da Praça Generoso Marques, em frente ao Paço da Liberdade, revelou nosso comportamento respeitoso – “frio, não, educado!”, ecoamos por aí.
Porque cuidamos até das flores, quando dá.
Então o amigo Guilherme Belotti, via Facebook, provocou: “paradoxo curitibano: e se só tiver sombra na grama?”
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