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Pink Floyd feat. Morphine – conheça a Whales: “A cena em Curitiba é meio conservadora”

Mais uma. Whales é o nome do projeto musical de Gianlucca Pernechele. Pink Floyd encontra Morphine, que esbarra um jazz maroto à sombra de Bon Iver. Curitiba, boa música. É só querer ouvir. “A cena em Curitiba é extremamente atrasada, meio conservadora.” Conheça a Whales:

Qual foi a última música que ouviu antes de responder a estas perguntas?

Quem faz parte do projeto Whales?

O projeto é, a princípio, solo. As composições, arranjos e execução das músicas até agora são de minha autoria. Mas a ideia é expandir, colaborar com outros músicos e trazer mais coletividade ao projeto.

Quando ele começou?

Em 2013, quando gravei “Somewhere Across the Water” no meu quarto, com um interface recém-comprada. Foi a pedido da artista Távia Jucksch, que queria utilizar a canção como trilha sonora em um vídeo para um projeto da época. Grande parte do incentivo de criar uma página, um “pseudônimo”, e soltar a composição na internet devo a ela.

Quais suas principais influências?

Principalmente Bon Iver, pelo estilo e atmosfera como um todo. Mas acho que o projeto bebe um pouco de tudo. Passando desde as últimas fases dos Beatles até Sigur Rós. Tem muito Pink Floyd também.

Pretende gravar ou lançar algo em breve?

Sim, o EP está em processo de gravação e criação. Por enquanto, existem só duas músicas gravadas e disponibilizadas na internet, lançadas em um espaço de mais de um ano. Agora, a intenção é levar mais a sério. Reunir outros músicos para colaborar, e assim ter o EP em mãos para mostrar até a metade do ano.

Como vê a cena musical em Curitiba?

Extremamente atrasada, meio conservadora. Pouco espaço para o cenário independente. Não vemos muitos bares e locais de eventos que incentivam a comunidade autoral, principalmente da onda jovem-indie que ultimamente vem mostrando muita qualidade.

De que forma se sente parte dela?

Não me sinto. Conheço, por exemplo, o circuito de eventos por tocar numa banda de jazz. E é um cenário desgastante em que as pessoas não comparecem propriamente para escutar a música. É muito mais um negócio do que arte. Quem sabe a porta de entrada para a cena efetivamente MUSICAL esteja no Whales.

Tem algum show marcado?

Não. A ideia é consolidar bem o material do EP e futuramente reunir músicos para uma performance ao vivo. Daí pra frente é tudo breu.

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