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Analisar para entender

The sun peaks over the New York Times Building in New York

O mais novo investimento jornalístico do jornal The New York Times chama-se The Upshot, um site especializado em jornalismo de dados e reportagens analíticas. O projeto foi criado para atender à seguinte demanda: auxiliar seus leitores a entender temas caros à atualidade, como campanhas políticas e crises econômicas, cuja complexidade e abundância de dados e informações dificultam uma compreensão mais aprofundada.

Visualização

De acordo com o editor do site, David Leonhardt, a internet produz um intenso fluxo informacional de múltiplas fontes e dados, mas as pessoas não querem apenas acessar essas informações – elas querem também entender uma história bem o suficiente para explicá-la. A proposta do The Upshot é produzir reportagens mais analíticas e explicativas, que possibilitem aos leitores visualizar a relação entre temas e acontecimentos e tirar suas próprias conclusões.

Classe média em baixa

Riders pass the time on a Metro train in Washington

Uma das primeiras reportagens do site, intitulada “A classe média americana não é mais a mais rica do mundo”, analisa como, nas últimas três décadas, a camada mais populosa e representante do “American way of life” deixou de ser a mais bem remunerada entre as classes-médias de outros países desenvolvidos (na foto, americanos circulam no metrô de Washington). Os autores, David Leonhardt e Kevin Quealy, utilizam gráficos e tabelas para comparar estatísticas dos Estados Unidos com as de outros países, além de onze links que encaminham o leitor para as respectivas fontes dos dados utilizados.

Dados

A disseminação de dados digitais configura um novo e excelente nicho para o jornalismo. Informações baseadas em dados devem ser objeto do jornalismo diário, acredita Leonhardt. Para tornar isso realidade, o The Upshot contará com uma equipe especializada em transformar dados brutos em informação gráfica inteligível.

Sem segredos

O jornal espanhol El País noticiou um lançamento editorial que deve mexer com os brios da Igreja Católica. Em 1979, um ano após ser eleito Sumo Pontífice, João Paulo II escreveu um testamento no qual determinou que seus escritos pessoais fossem queimados quando de sua morte. A responsabilidade de cumprir o desejo coube ao então padre Stanislaw Dziwisz, secretário do pontífice durante 40 anos e hoje Cardeal de Cracóvia (Polônia). Sob a justificativa de que os diários de João Paulo II são a chave para compreender sua espiritualidade para além da conhecida sob o manto de Sumo Pontífice, Stanislaw mudou o destino dos escritos: da fogueira para as prateleiras do mundo todo.

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