Escrevendo sobre o futuro da Venezuela (foto) depois da morte do presidente Hugo Chávez (1954-2013), John Cassidy, na revista The New Yorker, abordou uma das questões mais palpitantes acerca do país: o petróleo. “Em vez de gerar paz e prosperidade, a presença de riquezas minerais e de petróleo em países pobres tende a gerar conflito político, corrupção e, em casos extremos, guerra civil”, diz Cassidy. O analista diz que a Venezuela permanece um país muito dividido, mas ainda não caiu nas “profundezas” de uma guerra. “Mas, com estimativas afirmando que a Venezuela abriga reservas de petróleo maiores que as da Arábia Saudita, a questão sobre como administrar esses recursos naturais pode causar ainda mais conflito nos próximos anos.”
“Comandante eterno”
Ao noticiar o embalsamamento de Hugo Chávez, o jornal britânico The Guardian fez uma comparação: “Em 2007, Hugo Chávez criou um fuso horário único, ordenando que os relógios da Venezuela fossem atrasados meia hora, mas, na sexta-feira, seus herdeiros improvisaram um funeral sem equivalentes a fim de parar o tempo e imortalizar o comandante eterno”.
O diário destaca as dúzias de presidentes, premiês e príncipes do mundo todo que se juntaram às centenas de milhares de pessoas que peregrinaram até a academia militar, em Caracas, para se despedir de um líder que foi, a um só tempo, “inspirador, encantador e repulsivo”.
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