Em reportagem publicada na Gazeta do Povo (leia
Os comerciantes Namer Assad e Youssef Youssef, assim como o cônsul Abdo Dib Abage, argumentaram que as informações sobre a repressão violenta do governo de Bashar Assad são bastante exageradas e omitem interesses econômicos e políticos, relacionados sobretudo a Israel e, de quebra, aos Estados Unidos.
Namer citou um exemplo: há cerca de uma semana, vendo as notícias, viu que os embates na região de Homs ocorriam muito perto da casa do irmão e, na mesma hora, ligou para ele. O irmão tranquilizou a família no Brasil e contou que não havia nada com que se preocupar. O tal embate em Homs, noticiado pelas agências, simplesmente não existia.
A Síria não tem petróleo como a Líbia e seus recursos são relativamente modestos se comparados com as fortunas do mundo árabe, mas a influência que exerce e a postura que defende são fontes de tensão – ela discorda de Israel e está próxima do Irã, com quem mantém um acordo de defesa mútua (se algo acontecer a qualquer um dos dois, o outro tem a obrigação de entrar na briga também).