Foto: Philippe Wojazer/Reuters| Foto:
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Durante toda a semana que passou, a imprensa francesa analisou e repercutiu as denúncias de espionagem norte-americana sobre a França (na foto, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius). O jornal Le Monde, que publicou as reportagens, defendeu em seu editorial que “os programas de espionagem se tornaram tão invasivos que derrubam qualquer princípio de equilíbrio e controle na democracia”. Enquanto o Liberation adverte que o episódio revela “uma guerra nas sombras entre aliados no campo econômico”, o Le Figaro indicou que a França estava encontrando pouco apoio entre os demais países europeus para cobrar os EUA.

Autoridade perdida

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Do outro lado do Atlântico, o editorial do The New York Times argumenta que outros países, inclusive a França, praticam a espionagem, em alguns casos necessária para proteger seus cidadãos do terrorismo e de outras ameaças. Por isso, ressalta que é preciso estabelecer limites para proteção da privacidade. De todo modo, as constantes denúncias contra o governo norte-americano têm acumulado consequências negativas. A principal delas, na opinião do NYT, é a perda da habilidade dos EUA em influenciar conflitos globais com autoridade moral.