Uma nova geração de autocratas está se formando no leste europeu, colocando a democracia em xeque. É o que aponta uma reportagem publicada na última semana pelo jornal inglês The Guardian. O expoente dessa geração é Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, que, de acordo com a publicação, governa o país de forma centralizadora, com o objetivo de se perpetuar no poder. Entre os mecanismos por ele usados estão intimidar os dissidentes, demonizar a oposição e regular a mídia. Vladimir Putin, na Rússia, Milos Zeman, na República Tcheca, Recep Erdogan, na Turquia, e Victor Ponta, na Romênia, são outros representantes desse grupo.
Choro e crise
Uma crise de choro, gestão e condução. Assim o jornal argentino Clarín resume o que foi o resultado das primárias do domingo passado, quando a atual presidente Cristina Kirchner (foto) sofreu uma derrota de proporções avassaladoras. Com apenas 26% dos votos, Cristina deu adeus à chance de emplacar um terceiro mandato. O Clarín relatou que, após tomar conhecimento do resultado, a presidente chorou sozinha por meia hora. Seu governo, em séria crise de popularidade, não é poupado pelo periódico. “Dez anos de reconstrução política e uma história épica não levaram o kirchnerismo a oferecer algo melhor? Talvez não tenha havido, de verdade, reconstrução política nem épica”, sentenciou.
26% dos votos fez na semana passada o partido governista Frente para a Vitória (FPV). O número, considerado baixíssimo, frustra nova reeleição de Cristina Kirchner.