Com a decisão do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de armar rebeldes sírios com base no suposto uso de armas nucleares pelas forças do presidente Bashar Assad, o editorial da última sexta-feira do jornal The New York Times lançou questionamentos sobre os procedimentos a serem adotados e as consequências de sua ação.
“Após armar os sírios, e agora?” é o título do editoral, que faz os seguintes questionamentos: podem os EUA armar os rebeldes e evitar o envolvimento em outra guerra no Oriente Médio? Como as armas serão mantidas fora das mãos de rebeldes ligados à Al- Qaeda e outros grupos extremistas? Obama acredita que esse movimento vai convencer a Rússia a deixar de armar a Síria, ou vai provocar o presidente Vladimir Putin a reforçar ainda mais o arsenal?
Para o Times, o uso de armas químicas não foi o único fator que levou-o a tomar uma atitude mais firme. O avanço das forças sírias e a pressão de líderes políticos também pesaram na decisão do presidente, que ainda não teria calculado os efeitos de uma intervenção.
No olho do furacão
O repórter Mark Lowen, da BBC News, acompanhou de perto as manifestações populares na Turquia, que começaram com o propósito de impedir a destruição de um parque e se consolidaram como um ato de revolta contra o governo do presidente Abdullah Gül. Segundo Lowen, o que começou como um protesto se tornou algo muito maior: um conflito por mais liberdade. Nas palavras do jornalista, “uma grande parte da população se sente excluída do governo e não será contida por gás lacrimogêneo.”
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