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Em um texto de fôlego, como de costume, a revista The New Yorker conseguiu traçar as origens do movimento Ocupe Wall Street (OWS) e falar sobre os seus futuros possíveis. A matéria de Mattathias Schwartz – e o nome é assim mesmo, Mattathias – credita o início do OWS a uma dupla de editores da Adbusters, uma revista bimestral que critica as aberrações do mundo capitalista. Fundada e editada 22 anos atrás por Kalle Lasn, um senhor de 69 anos de idade que hoje conta com a ajuda de um jovem de 29, chamado Micah White. Schwartz escreve: “OWS começou como muitos dos planos esboçados em conversas entre Lasn e White”. No início de junho, eles mandaram para os seus assinantes um e-mail que dizia: “América precisa de sua própria Tahrir”, numa referência à praça que serve de referência aos manifestantes egípcios. A dupla foi responsável inclusive pela criação do site, www.occupywallstreet.org. Depois, surgiram outros sites e outras pessoas se envolveram no OWS e o ajudaram a crescer e se manter.
Uma chance
A BBC destacou na última sexta-feira o pedido que o primeiro-ministro Kamal Ganzouri, escolhido pelo Exército para formar o novo governo do Egito, fez aos egípcios que seguiam em manifestações pelo Cairo. “Deem-me uma chance”, disse Ganzouri. Esse foi o seu primeiro comentário público depois de ter sido nomeado, além de afirmar que não nomearia as mudanças no poder executivo antes das eleições parlamentares que ocorrem na próxima segunda-feira. Os manifestantes que se encontram na Praça Tahrir, no centro do Cairo, pedem o adiamento do pleito. Ainda segundo a BBC, mais de 40 pessoas foram mortas ao longo da semana passada por forças de segurança no Egito que tentavam reprimir as revoltas. Foi o período mais violento vivido pelo país desde a queda do ditador Hosni Mubarak, em fevereiro.
Abusos no Egito
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Marwan Bishara, um dos principais analistas políticos da rede de tevê Al Jazeera, escreveu um artigo na última semana em que responde algumas questões sobre o reinício de intensos protestos no Egito que botou pressão sobre o governo provisório do país. Ele diz que a posição das Forças Armadas, acima das autoridades civis do Estado, faz lembrar uma era do passado do Egito que nada tem a ver com a democracia tão esperada para o futuro. Bishara argumenta que o uso excessivo de força parece uma vingança contra os manifestantes e que um governo que deveria falar em nome do povo e da revolução não poderia admitir tanto derramamento de sangue.
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Nas redes sociais
“Os mal denominados tecnocratas, pois sua gestão não é a aplicação da técnica a serviço do povo, mas a serviço dos bancos, na realidade estão instalando uma ‘bancocracia’.”
Democraciarealy – Grupo apartidário que faz mobilizações na Espanha contra crise e também ataca a predominância do bipartidarismo no país.
“Esta ‘reforma’ cheira a mentira por todos os lados, a habilidades de ilusionista, atração barata.”
@yoanisanchez, blogueira cubana, que faz oposição ao regime cubano, critica as reformas que ocorrem no país.