Repercutiu negativamente em grande parte da comunidade internacional a detenção de , namorado do jornalista Glenn Greenwald, responsável por denunciar procedimentos de espionagem executados pelo governo norte-americano. Para o colunista Andrew Rosenthal, do jornal The New York Times, mais que o porquê, o real questionamento a ser feito é: quem ordenou a detenção e como os responsáveis podem ser chamados a se explicar. Rosenthal argumenta que o governo britânico não tinha o direito de deter Miranda baseado em uma lei antiterrorismo se não havia nenhuma evidência de que ele estivesse ligado a algum ato terrorista. “Isso me lembra o governo de Nova York quando disse que parar e revistar jovens negros e hispânicos sem motivo era importante para manter nossas ruas seguras”, comparou o jornalista.
Bilhões sob ameaça
Após os conflitos que deixaram mais de 800 mortos no Egito, a União Europeia anunciou que iria rediscutir a relação com o país árabe. Em jogo está a ajuda financeira dos europeus aos egípcios, que soma 5 bilhões de euros, segundo reportagem do jornal francês Le Monde. O montante só é inferior ao prometido pelo Catar, de 8 bilhões. Com isso, um quinto da ajuda destinada ao país estaria sob ameaça. Medida que pode não surtir o efeito desejado, visto que a Arábia Saudita, aliada dos militares egípcios, já anunciou que, se necessário, renovará o acordo de ajuda ao país para compensar as perdas. Na foto, uma manifestante muçulmana exibe máscara do ex-presidente egípcio Mohamed Mursi.