O Washington Post destacou nesta semana o impacto da queda de Muamar Kadafi, na Líbia, do ponto de vista dos homens detidos na prisão de Abu Salim, na capital Trípoli. A história pega como primeiro personagem o ativista Saad al-Eshouli, que passou 14 anos vivendo em uma pequena cela, enquanto “o mundo externo se tornou apenas uma memória distante”. Os rebeldes líbios (foto) abriram os portões de Abu Salim na quarta-feira, libertando 2,5 mil prisioneiros. Usado para fazer adversários políticos desaparecerem, o presídio foi, nas palavras do jornal, o buraco negro do reino de Kadafi, em que muitos entraram e poucos saíram. Al-Eshouli foi um desses oponentes, livre agora para conhecer um mundo com telefones celulares e pequenas antenas de satélite, novidades que ele não conhecia em 1997.
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Fome e corrupção
A revista The Economist dedicou um texto de fôlego ao indiano Anna Hazare (foto), que segue com sua greve de fome para denunciar a corrupção que corrói a Índia. Ao contrário dos jornais que se concentram em informações cruas do que o ativista diz, a publicação britânica se dedica a descrever o circo formado em torno dele, que jejua diante de um pôster de Mahatma Gandhi, diante de dezenas milhares de seguidores e de membros da imprensa internacional.
A reportagem fala do comércio que envolve o esforço de Hazare: fitas coloridas vendidas a quem se interessar. Por alguns centavos, dá para ter a bochecha pintada com três faixas de cores distintas. Adesivos com os dizeres “Índia livre da corrupção” podiam ser vistos até na máquina de raios X que a polícia usava para revistar os participantes do evento. Hazare perdeu 6 quilos desde que começou a greve de fome no dia 19 de agosto.
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No twitter
“Os barineses rasparam a cabeça! Mando um grande abraço, conterrâneos e conterrâneas.”
Hugo Chávez, em agradecimento aos cidadãos do Estado de Barinas, onde ele nasceu, que rasparam o cabelo em solidariedade ao presidente.
“Taxa de 9,1% de desemprego é inaceitável. Milhões de americanos continuam desempregados. Precisamos gerar emprego na América.”
Michele Bachmann, aspirante a candidata à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Republicano.
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Furacão
Charlotte Observer, da Carolina da Norte, nos Estados Unidos, dedicou uma cobertura extensa ao furacão Irene, previsto para atingir a região. Uma das reportagens do jornal abordava o medo dos agricultores, que se apressaram para colher tudo (milho, soja, algodão etc.)o que podiam antes que os ventos violentos arrasassem as plantações. A maioria dos fazendeiros tem seguro, mas ele cobre cerca de 70% do valor perdido.