Depois de 161 anos, o jornal The New York Times corrigiu uma informação publicada equivocadamente. Na última terça-feira, o periódico publicou uma errata relativa a um texto de 20 de janeiro de 1853. O artigo em questão relatava a história de Solomon Northup, o músico sequestrado e vendido como escravo que virou tema do filme 12 Anos de Escravidão (foto), vencedor do Oscar de melhor filme. Na publicação de 1853, seu sobrenome foi grafado erroneamente como Northrop e Northrup. O equívoco ganhou notoriedade na última segunda-feira, após a publicação de uma reportagem que, por ocasião do Oscar, relembrava o caso.
“Um artigo em 20 de janeiro de 1853, recontando a história de Solomon Northup […] grafou erroneamente seu sobrenome como Northrop. E a manchete grafou como Northrup.”
Trecho da errata publicada na última terça-feira pelo The New York Times.
Vitória pessoal
Ainda sobre o Oscar, um candidato derrotado ganhou destaque no jornal britânico The Guardian. O Ato de Matar (foto), que recria assassinatos em massa cometidos pela ditadura militar da Indonésia na década de 1960, perdeu o prêmio de melhor documentário para A um Passo do Estrelato, que retrata o universo das cantoras de apoio. Em entrevista ao Guardian, Joshua Oppenheimer, diretor de O Ato de Matar, disse se considerar um vencedor. “O filme causou uma mudança na Indonésia que jamais imaginávamos três anos atrás”, afirmou.
1 milhão de pessoas foram executadas na Indonésia apenas em 1965, ano em que ocorreu o golpe militar no país. O Ato de Matar faz os próprios executores narrarem e reencenarem os assassinatos, dos quais se vangloriam até hoje.